Algo inusitado aconteceu nesta semana na cidade de São Paulo. No dia 9 de julho, um casal de moradores de rua encontrou, debaixo de uma árvore, duas sacolas e uma bolsa com cédulas, moedas e cartões de crédito. Ao abri-las, estavam lá nada menos que R$ 20.000,00. Todavia, mais impressionante do que a quantia encontrada, foi a atitude do casal pobre que morava debaixo de um viaduto. Eles devolveram os pacotes à Polícia Militar! Isso é inacreditável não é? Infelizmente, no mundo de hoje, sim. Isso porque são raras atitudes semelhantes. Mas a história é verídica e está sendo veiculada na imprensa em geral. Rejanielde Jesus Silva Santos e Sandra Regina Domingues agora estão famosos pela honestidade com que agiram.
O ato desse casal representa a coragem de poucos, a saber, dos honestos, dos que têm pudor, dos que merecem, de fato, andar de cabeça erguida em um país onde a corrupção e a desonestidade se tornam cada vez mais comuns. Por que agiram assim? O que ganhariam com isso? – são as perguntas que muitos de nós faríamos. Nada ganhariamem troca. Apenasquiseram ser honestos. Isso é magnífico! Em entrevista à Folha de São Paulo, no dia 10 de julho, o maranhense se orgulha em declarar: “A minha mãe me ensinou que não devo roubar e se vir alguém roubando devo avisar a polícia. Se ela me assistir pela TV lá no Maranhão vai ver que o filho dela ainda é uma das pessoas honestas deste mundo”.
Agora é preciso que reflitamos a respeito da seguinte questão: Qual seria a nossa atitude se estivéssemos no lugar daquele casal?. Lançaríamos mão da honestidade ou faríamos o contrário?. Os princípios cristãos prevaleceriam naquele momento tentador?. Creio que estas perguntas confrontam a muitos de nós, certo? São nessas horas que provamos até onde valorizamos nossas convicções; até onde Cristo é importante para nós; até que ponto a Palavra é importante em nosso dia a dia.
São nessas horas que demonstramos se, de fato, inculcamos em nossa mente o Sermão da Montanha pronunciado por Jesus, em cujos ensinos, aprendemos: Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam (Mt 7:12a).
Com o Evangelho aprendemos a fazer o bem. Ele nos ensina que se não o fizermos, estaremos cometendo pecado (Tg 4:17). Em outras palavras, nada de “puxar o tapete” do outro; nada de pisar nas pessoas; nada de desprezar o próximo. É hora de mostrarmos porque somos sal e luz neste mundo. É tempo de pregarmos o Evangelho de Cristo por meio de nossas atitudes exemplares. Desse modo, as pessoas poderão dizer: “Ainda há pessoas honestas nesse país”. E nós, a semelhança do morador de rua, poderemos afirmar: “Sou uma das pessoas honestas desse mundo”.
por Ms. Jailton Sousa Silva