Aplicar substâncias para transição de gênero em crianças prejudica o cérebro, diz médico

Dr. Michael Laidlaw alertou que drogas estão sendo injetadas em crianças a partir de 8 anos, sem qualquer aprovação dos departamentos responsáveis.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quarta-feira, 3 de abril de 2019 às 14:25
Programa de transição de gênero prevê aplicação de testosterona em meninas a partir dos oito anos de idade. (Foto: allergypartners.com)
Programa de transição de gênero prevê aplicação de testosterona em meninas a partir dos oito anos de idade. (Foto: allergypartners.com)

Médicos e a mãe de uma criança que está se identificando como transgênero estão pedindo ao governo dos EUA que encerre as operações médicas que estão prejudicando as crianças.

Seus esforços para resistir à medicação do processo de transição de gênero os levaram a descobrir que uma pesquisa financiada pelo governo agora permite que hormônios sexuais oposto, como a testosterona, sejam aplicados em meninas a partir de 8 anos.

Em um painel realizado na última quinta-feira (28) pela 'Fundação Heritage', um centro de estudos conservador, o Dr. Michael Laidlaw abordou os danos médicos dos tratamentos hormonais e intervenções cirúrgicas realizadas em jovens que acreditam que terem "nascido no corpo errado".

"Os médicos que administram esses tratamentos estão defendendo essas práticas prejudiciais em crianças cada vez mais jovens", explicou ele.

Segundo Laidlaw, que atua como endocrinologista na Califórnia, hoje, cenários médicos como garotas de 13 e 14 anos submetidas a mastectomias duplas e garotos de 17 anos com pênis atrofiados, como de meninos de 9 anos de idade, por causa de bloqueadores da puberdade química, estão se tornando cada vez mais comuns.

"Sob o nebuloso conceito da 'identidade de gênero' (ideologia de gênero), crianças de até oito anos estão recebendo injeções para tratamento de transição de gênero", explicou.

Em um caso recente que foi a tribunal como o "senso interno central", uma pessoa afirmou que seu próprio gênero era o "fator principal" na determinação de seu sexo e não a biologia.

"Isso é falso", disse o endocrinologista em resposta ao caso.

Nenhum exame de sangue, testes genéticos ou exames de imagem cerebral podem encontrar uma "identidade de gênero", disse Laidlaw, acrescentando que "não há teste objetivo para diagnosticar isso, mas terapias muito prejudiciais com base em nenhum diagnóstico objetivo estão sendo aplicadas".

Até o momento, os bloqueadores de hormônios como o Lupron, usado para tratar pacientes com câncer de próstata e crianças com puberdade precoce, nunca passaram por um processo de aprovação do Departamento de Medicação e Alimentos dos EUA. Laidlaw refere-se aos bloqueadores da puberdade como uma forma de "terapia de conversão química" e observou que a maior associação profissional para endocrinologistas, a Endocrine Society, recomenda agora retardar a puberdade em jovens com disforia de gênero no estágio 2 de Tanner, que é logo após os sinais puberais que ocorrem no cérebro.

A razão pela qual Jazz Jennings, a jovem "celebridade" transexual da série veiculada pela emissora TLC, "Eu sou Jazz", supostamente nunca teve nenhuma sensação sexual ou orgasmo é porque sua puberdade natural foi interrompida neste estágio e não foi permitida a ocorrência, explicou o médico da Califórnia.

"Essas drogas bloqueadoras da puberdade também prejudicam o desenvolvimento normal do cérebro e dos ossos, colocando as crianças em risco futuro de osteoporose", disse ele.

Europa

Na Inglaterra, o professor de Oxford Michael Biggs descobriu, por meio de um pedido de liberdade de informação, que na clínica de gênero Tavistock crianças relataram maior auto-agressão com esses medicamentos específicos, e as meninas apresentaram maiores problemas emocionais e insatisfação com seus corpos, observou Laidlaw.

"Agora você acha que se você tivesse esses efeitos colaterais desses medicamentos, você não iria querer parar?" Perguntou Laidlaw.

Durante sua apresentação, ele exibiu vídeos de dois médicos ativos na transição de gênero em crianças, Ilana Sherer e Johanna Olson-Kennedy.

Sherer explicou que os bloqueadores da puberdade são administrados às crianças aos 8 ou 9 anos, quando estão no terceiro e quarto anos. Olson-Kennedy está fazendo um estudo de cinco anos, pelo qual recebeu um subsídio de pesquisa do National Institutes of Health de US$ 5,7 milhões e, em uma de suas publicações, mostra que mastectomias foram feitas em meninas a partir dos 13 anos de idade. Laidlaw mostrou que Olson-Kennedy é vista na fita insistindo que os adolescentes têm a capacidade de tomar decisões com consequências permanentes para suas vidas, inclusive no caso de meninas removendo seus seios.

"E aqui está a outra coisa sobre a cirurgia de remoção dos seios: se você quiser seios mais tarde, você pode ir buscá-los", diz ela no vídeo.

Laidlaw perguntou aos presentes: "Isso está correto? Comprar um novo órgão, recebê-lo pelo correio e pedir que os cirurgiões o coloquem? Você não pode simplesmente fazer isso".

"Essa coisa toda é um experimento com crianças. Estamos ignorando as vozes das pessoas que saíram disso e reconhecem seu verdadeiro sexo, seu sexo biológico. E o Instituto Nacional de Saúde está permitindo que pesquisas antiéticas como essas sejam conduzidas com adolescentes", alertou.

Laidlaw e seus colegas usaram os pedidos da FOIA para obter mais informações sobre o estudo de Olson-Kennedy no Hospital Infantil de Los Angeles e descobriram que em 2017 eles reduziram a idade mínima para a aplicação de hormônios sexuais em crianças de 13 para 8.

"Imagine aplicar testosterona em meninas de 8 anos", disse Laidlaw. "Elas estão na 3ª ou 4ª série. Isso é inacreditável. Mas isso está acontecendo".

 

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