Os termos “Armagedon cibernético” ou “Apocalipse digital” têm se tornado cada vez mais comum para quem também conhece outro termo — fim dos tempos.
Com o avanço da comunicação, da tecnologia e da informação, ninguém consegue se imaginar voltando no tempo e não ter mais a disponibilidade e facilidades da internet.
Os ataques cibernéticos, porém, passaram a se enquadrar num novo formato de ameaça durante conflitos e guerras. Recentemente, há rumores de que a Rússia pode deixar a Europa sem internet. E quais seriam as consequências? E se, um dia, a internet fosse bloqueada no mundo todo ou seu controle fosse manipulado por alguns líderes globais?
Incidente no Mar Vermelho
Conforme notícias do Washington Post, um incidente no Mar Vermelho cortou três cabos marítimos subaquáticos que fornecem internet e telecomunicações em todo o mundo, enquanto a hidrovia continua sendo alvo dos rebeldes Houthis do Iêmen.
“Uma declaração da HGC Global Communications, com sede em Hong Kong, reconheceu os cortes, mas não disse o que causou o corte das linhas”, informou o veículo ao revelar a preocupação com o novo tipo de ataque.
A intenção de ter os cabos de internet como alvo da campanha Houthis também descreve o esforço para pressionar Israel a colocar um fim à sua guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza. Os rebeldes Houthis, no entanto, negam a intenção e o ataque.
Importância da rota marítima no Mar Vermelho
O Mar Vermelho e o Canal de Suez formam um importante corredor comercial que facilita o comércio entre grande parte da Ásia, do Oriente Médio e da Europa.
O transporte marítimo global tem sido interrompido através do Mar Vermelho, além disso, agora há uma sabotagem das linhas de telecomunicações e isso poderá agravar ainda mais a crise que já dura meses.
Ainda conforme o Washington Post, “no início de fevereiro, o governo internacionalmente reconhecido no exílio do Iêmen alegou que os Houthis planejavam atacar os cabos”.
“As linhas pareciam ter sido cortadas em 24 de fevereiro, com a organização NetBlocks notando o acesso à Internet no Djibouti, país da África Oriental, sofrendo interrupções dois dias depois”, destacou o veículo.
Os Houthis se defenderam e atribuíram as interrupções às operações militares britânicas e norte-americanas, mas não ofereceram provas que apoiassem a alegação.
Comunicações internacionais em risco?
Sabe-se que os Houthis têm repetidamente atacado navios no Mar Vermelho e nas águas circundantes durante a guerra entre Israel e o Hamas. Esses navios incluíam pelo menos um com carga com destino ao Irã, o principal apoiador dos Houthis.
Entre os ataques, se incluem um navio cargueiro que transportava fertilizantes, o Rubymar, que afundou no sábado depois de ficar à deriva por vários dias, e a derrubada de um drone americano no valor de dezenas de milhões de dólares.
Os Houthis afirmam que os seus ataques continuarão até que Israel pare as suas operações de combate na Faixa de Gaza, o que enfureceu o mundo árabe em geral e viu os Houthis ganharem reconhecimento internacional.
Sobre os ataques a cabos de internet submarinos, ainda não está claro como os Houthis poderiam atacar, já que não são conhecidos por terem capacidade de mergulho para atingir as linhas, que ficam centenas de metros abaixo da superfície do curso de água.
Porém, os cabos submarinos podem ser cortados pelas âncoras, inclusive aquelas lançadas de navios que ficam incapacitados em ataques. E um navio à deriva com a âncora raspando no mar pode ser o culpado.
Conforme o Washington Post, existem agora 14 cabos que atravessam o Mar Vermelho, com outros seis planejados.
O que um ‘Armagedon cibernético’ tem a ver com a Nova Ordem Mundial?
De acordo com o pastor e jornalista Daniel Lopez, os últimos acontecimentos globais têm a ver com o plano de controle internacional.
Conforme o Guiame publicou em novembro, na opinião do jornalista, apesar da digitalização total do mundo, vista como um avanço, “a humanidade está numa situação muito frágil, uma vez que um ataque hacker em nível global poderia levar os humanos de volta à idade da pedra em poucos minutos”.
“Na verdade, esse parece ser exatamente o plano, conforme o próprio fórum econômico mundial vem alertando desde 2020, quando chegaram a realizar o evento Polígono Cibernético”, ele disse em sua coluna no Gazeta do Povo.
“Meses após o início da pandemia, Klaus Schwab, fundador do Fórum, começou a alertar o mundo sobre o risco de uma pandemia ainda pior e mais mortífera: uma pandemia cibernética”, continuou.
“Segundo ele, esta seria muito mais letal do que a primeira, uma vez que se pode se espalhar com uma velocidade infinitamente maior, e traria o caos completo para a sociedade”, disse.
“Sem internet e eletricidade, hospitais deixariam de funcionar, os postos de gasolina não conseguiriam bombear os combustíveis para os carros e um mundo estilo Mad Max seria implementado. Parece que este cenário é mais próximo do que nunca”, alertou o jornalista ao concluir.