Apocalipse digital: Tempestade solar ocorreu um dia antes do previsto

Até o momento não houve relatos de interferências em sinais de rádio ou danos em satélites.

Fonte: Guiame, com informações de Olhar Digital e TerraAtualizado: segunda-feira, 25 de março de 2024 às 17:20
Tempestade solar, 2012. (Foto: Rawpixel/Domínio Público)
Tempestade solar, 2012. (Foto: Rawpixel/Domínio Público)

Uma tempestade geomagnética extrema atingiu a Terra às 11h37 do domingo (24). O evento causado por uma ejeção de massa coronal (CME), que rompeu a magnetosfera terrestre, foi classificado como G4, considerada severa. 

De acordo com notícias do site Olhar Digital, que usou como fonte o Space Weather, como resultado da tempestade solar, “as auroras podem ser vistas em algumas partes do mundo”.

Conforme lembra o veículo, a tempestade chegou antes do previsto e trata-se do resultado de uma forte erupção solar dupla, gerada por algumas manchas solares. Pelas previsões, a tempestade deveria acontecer hoje (25). 

‘Possibilidade de tempestade geomagnética’

“Uma tempestade geomagnética nível G4 (em uma escala cujo ápice é G5) é considerada bastante extrema e entre as possíveis consequências estão interferências em sinais de rádio, aumento da força de arrasto de satélite e o surgimento de auroras”, explica. 

Até o momento, apenas as auroras puderam ser observadas. “Se o jato estiver voltado para a Terra, a magnetosfera do planeta desvia a maioria das partículas, embora algumas consigam penetrar na atmosfera ao seguir as linhas magnéticas, especialmente nas regiões polares, gerando a tempestade geomagnética”, continua.

Sobre o “Evento de Carrington”

Durante um estudo liderado por Ciaran Beggan, do Serviço Geológico Britânico (BGS), pesquisadores concluíram que a última tempestade solar foi mais intensa do que o esperado. 

Conforme notícias do portal Terra, registros do campo magnético terrestre mostraram que a tempestade solar de 1859, conhecida como o “Evento de Carrington”, foi duas vezes mais intensa do que se pensava. 

“Beggan e seus colegas trabalharam com registros do Evento, feitos por dois observatórios em Londres, e concluíram que a intensidade e velocidade de mudança do campo magnético da Terra indicam que Carrington teve intensidade observada uma vez a cada 100 anos, ou até uma vez a cada mil anos”, concluiu.

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