Cientistas alertam sobre ‘apocalipse digital’ após supertempestade solar em 2024

O fenômeno estava previsto para 2025, mas será antecipado conforme especialistas.

Fonte: GuiameAtualizado: quinta-feira, 16 de novembro de 2023 às 13:12
Tempestade solar, 2012. (Foto: Rawpixel/Domínio Público)
Tempestade solar, 2012. (Foto: Rawpixel/Domínio Público)

Há previsão para 2024 de uma supertempestade solar que pode prejudicar a internet do mundo inteiro durante vários meses.

Conforme os cientistas, o fenômeno esperado foi apelidado de “apocalipse digital e resulta de explosões solares que podem interferir no campo magnético da Terra

De acordo com a Revista Exame, os primeiros avisos foram dados pelo professor Peter Becker, da Universidade George Mason, nos EUA. Ele é especialista em criar sistemas de alerta sobre atividades solares prejudiciais.

 
 
 
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Sobre o alerta do apocalipse digital

Becker faz parte de um grupo de cientistas empenhados em avisar a população mundial 18 horas antes da tempestade solar começar.

Ele lembra que um fenômeno semelhante ocorreu em 1859, mas não afetou tanto a humanidade que ainda não era dependente da internet para quase tudo.

O professor prevê impactos na rede elétrica, internet, satélites, GPS e vários equipamentos de comunicação.

Os temores sobre o ‘apocalipse digital’ surgiram após a divulgação de uma pesquisa em 2021, conforme lembra o site Olhar Digital: “O estudo prevê que uma supertempestade solar pode romper cabos submarinos de fibra ótica”.

Uma reportagem publicada pelo jornal britânico Mirror, no entanto, causou uma onda de postagens alarmistas acerca de um apagão global da internet, que seria causado pelo Sol.

Sobre as tempestades solares

O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade solar e está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25. Esse número se refere aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas.

Arrebentações na superfície solar causadas por emaranhados nos campos magnéticos da estrela enviam partículas carregadas de radiação à incrível velocidade de 1,6 milhão de km/h, podendo atingir até mais nos casos de sinalizadores de maior classificação.

As erupções solares às vezes são acompanhadas por ejeções de massa coronal (CMEs), que são nuvens de plasma magnetizado que podem levar até três dias para chegar à Terra.

Dependendo da potência com que chegam por aqui, as CMEs desencadeiam tempestades geomagnéticas na atmosfera de maior e menor proporção. Essas tempestades geram belas exibições de auroras, mas também podem causar apagões de energia e até mesmo derrubar satélites da órbita.

‘Sol em fase mais ativa’

Quando uma tempestade solar que ficou conhecida como “Evento Carrington” atingiu o planeta em 1859, as linhas telegráficas foram afetadas, operadores foram eletrocutados e auroras boreais desceram para latitudes incrivelmente baixas.

Mais de um século depois, em 1989, uma tempestade solar interrompeu a rede elétrica de Quebec, no Canadá, por longas horas. E em 2012, um outro evento do tipo passou raspando pela Terra, o que evitou graves consequências, conforme o Olhar Digital.

Segundo Becker, o Sol está entrando numa fase mais ativa. O pesquisador de climatologia espacial disse que vale a pena lembrar do ocorrido durante o Evento de Carrington — tempestade solar de 1859: “Outra semelhante poderia realmente fritar os sistemas por várias semanas a meses e toda a infraestrutura teria que ser reparada”.

A supertempestade solar era esperada para 2025, mas deve chegar um ano antes. Segundo Becker, há cerca de 10% de probabilidade de que, na década de 2030, “algo realmente grande aconteça e possa acabar com a internet”.

Para Becker, o alerta é algo essencial para que os aparelhos sejam desligados e não queimem: “Há coisas que podem ser feitas para mitigar o problema, e o alerta é um deles”.

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