Na última sexta-feira, o reverendo Franklin Graham criticou a diretoria da Universidade de Maryland - nas proximidades de Washington, D.C - que cedeu à pressão de estudantes de confissão islâmica e cancelou a exibição do filme "American Sniper" ("Sniper Americano").
Por meio de sua página oficial do Facebook, o pastor lamentou o fato ter acontecido, ainda mais às vésperas de uma visita que faria a veteranos de guerra.
"Vocês podem acreditar que a Universidade de Maryland cancelou uma exibição do filme 'Sniper Americano' após estudantes muçulmanos terem reclamado? Esta tarde eu vou me encontrar com veteranos de guerra feridos e seus cônjuges que serviram esta nação com honra - lutando para preservar as nossas liberdades e muitas vezes derramando o seu próprio sangue", escreveu.
"A Universidade de Maryland devia se envergonhar por dar ouvidos a estes alunos! Se estes estudantes muçulmanos não podem apoiar os membros das Forças Armadas que fazem o seu trabalho para nos proteger, então deixemos que eles saiam da América e vão para um país muçulmano".
Os comentários do presidente da Associação Evangelística Billy Graham vieram como resposta à Associação de Estudantes Muçulmanos da Universidade de Maryland, que solicitaram que instituição cancelasse a exibição do filme.
Dirigido por Clint Eastwood, o filme baseado em fatos reais conta parte história do fuzileiro naval Chris Kyle, que serviu em várias missões no Iraque e é reconhecido como o atirador mais letal da história militar americana.
Os estudantes muçulmanos argumentaram em uma petição online que o filme promove a "islamofobia" e o "escárnio da dor das vítimas da guerra no Iraque".
"Esta propaganda de guerra disfarçada de arte revela uma ideologia nacionalista islamofóbica, violenta e racista não tão discreta. Uma simples busca no Google irá dar-lhes centenas de artigos que mergulham em sentimentos anti-árabes e anti-islâmicos, que este filme tem alimentado. Sua visceral narrativa ajuda a proliferar a marginalização dos vários grupos e comunidades - muitos dos quais existem aqui na Universidade de Maryland", disse parte do texto da petição.
O departamento de eventos da universidade explicou em um comunicado online que a instituição de ensino teria adiado as sessões do filmem depois de se reunir com grupos de estudantes interessados, mas se empenhará em "possivelmente criar um evento no qual os estudantes possam se envolver em diálogos construtivos e moderados sobre os temas polêmicos propostos no filme".
A escola insistiu que apoia a liberdade de expressão e disse que espera "criar espaço para a veiculação de pontos de vista opostos e diferentes percepções".
Breyer Hillegas, presidente dos Republicanos Universitários disse à Fox News que era errado que a Universidade cancelasse a sessão.
"As universidades estão sempre tentando satisfazer visão do politicamente correto e se preocupa com quem possa ofender - ao invés de defender os princípios e a Primeira Emenda da Constituição", disse Hillegas.
"Se a universidade impede que um filme como esse seja mostrado promove a intolerância e sufoca diálogo e debate, indo diretamente contra a atmosfera que a Universidade de Maryland deveria apoiar", acrescentou.