Um voo que partia de Paris em direção ao Cairo caiu no mar Mediterrâneo na madrugada desta quinta-feira (19) com 56 passageiros — entre eles três crianças —, sete tripulantes e três seguranças a bordo.
A possibilidade de este ter sido mais um ataque terrorista não foi descartada pelas autoridades.
O Airbus A320 perdeu contato com o radar quando voava a 11,3 mil metros de altitude sobre o mar Mediterrâneo, às 21h30 de Brasília (2h30 do Cairo) e cerca de meia hora antes do pouso previsto na capital egípcia, segundo o Ministério da Aviação Civil do Egito.
Nas 24 horas anteriores ao acidente, a aeronave havia passado pela Eritréia, na África, pela Tunísia e pelo Egito.
Em entrevista coletiva concedida em Paris, o presidente francês disse que as informações indicam a queda do voo MS804, da EgyptAir, mas nenhuma hipótese para a causa do acidente foi descartada.
"A informação que reunimos — ministros, membros do governo e, claro, autoridades egípcias — confiram, infelizmente, que ele caiu. Ele está perdido", anunciou Hollande.
Ligações ao terrorismo
Em março, um avião da EgyptAir foi sequestrado e desviado até o Chipre, mas os passageiros foram liberados mais tarde. Em outubro de 2015, um avião russo caiu sobre a península do Sinai, matando as 224 pessoas a bordo. Na ocasião, o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do ataque.
Para o correspondente de segurança da BBC, Frank Gardner, o "espectro do terrorismo" inevitavelmente ronda o atual episódio.
"Embora ainda não haja evidência que indiquem um ataque malicioso, faz apenas sete meses que o grupo autodenominado Estado Islâmico colocou uma bomba que derrubou um avião de passageiros russo sobre o Sinai", disse Gardner, lembrando que o EI prometeu continuar alvejando o Estado egípcio e ocidentais que visitam o Egito.