O SBT está sendo alvo de um processo judicial e uma denúncia no Ministério Público preparado pela Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos), segundo informou a jornalista Mônica Bergamo na Folha de São Paulo.
De acordo com a entidade, houve demonstração de intolerância e desrespeito aos ateus no Programa Silvio Santos do último domingo (8). No quadro "Jogo dos Pontinhos", o apresentador perguntou aos seis participantes se eles eram contra ou a favor de quem não acredita em Deus.
Em seguida, todos afirmaram ser contra o ateísmo. “Eu acho que a gente fica muito miserável quando não acredita em Deus. Fica só pensando em dinheiro e nas coisas mais materiais. Acreditar em Deus eleva a gente espiritualmente, deixa a gente mais alegre com as coisas que a gente tem”, disse a filha de Silvio, Patrícia Abravanel.
“Tem que ter em quem acreditar, ele é o nosso Deus, é o nosso Todo-Poderoso, é a coisa que nos traz paz, amor, todos os dias, esperança, fé…”, comentou Helen Ganzarolli.
“Até o ateu na hora do sufoco chama a Deus. Eu sou contra, porque Deus é quem nos liga, quem faz a gente ver que ninguém é diferente de ninguém, e que todos somos iguais”, acrescentou Flor.
De acordo com a publicação, o SBT não quis comentar sobre o assunto.
Declarações homofíbicas?
Outra declaração feita por Patrícia Abravanel neste domingo gerou grande polêmica nas redes sociais. A apresentadora foi acusada de homofobia por internautas após declarar ser contra as relações homoafetivas.
Na ocasião, Silvio perguntou aos participantes se eles eram “contra ou a favor de duas mulheres se amarem como se fossem um casal”. “Você que sabe a bíblia de cor, tem algum trecho da bíblia que é contra isso?”, questionou o apresentador à filha.
“Li numa revista que hoje que um terço dos jovens se relaciona com pessoas do mesmo sexo, mesmo sem saber se a opção deles é real. Não quero falar de religião. Acho que o jovem é muito imaturo para saber o que quer. Então tem que frisar que homem é homem e mulher é mulher. Não acho legal ser superliberal”, opinou a herdeira do SBT.
“Eu não acho legal ficar considerando tudo normal. Devemos ensinar para os jovens de hoje que homem é homem, mulher é mulher. Se, por acaso, ele tiver alguma coisa dentro dele que fale diferente, aí tudo bem. Mas o que está acontecendo hoje é que estão falando que tudo é normal, tudo é bonito”, acrescentou Patrícia.
“O jovem, naquela vontade de experimentar tudo, acaba fazendo coisas que ele pode eventualmente se arrepender depois. Eu sou contra ficar propagando em rede nacional. Não sou contra o homossexualismo, mas sou contra falar que é normal. E outra, mulher com mulher não é tão legal assim. Não tem aquele brinquedo que a gente gosta bastante", declarou a apresentadora.
A arma do vitimismo
De acordo com o escritor Julio Severo, os argumentos da militância gay tentam sempre apresentar os homossexuais como vítimas.
“Os meios de comunicação, em grande parte movida por uma doentia tendência liberal e esquerdista, há muito tempo se enxergam com a missão de ‘evangelizar; as massas nos valores do liberalismo e esquerdismo. Daí, o homossexualismo encontra na mídia um santuário intocável, onde todo sacrilégio contra a divindade homossexual é punido com todo tipo de manipulação oposicional possível”, disse ele em entrevista ao Guiame.
“Assim, o conceito de preconceito se torna nas mãos deles uma poderosa ferramenta de engenharia social, política e legal. Acabando-se com o “preconceito”, todas as pretensões dos militantes gays se tornam possíveis”, acrescenta o escritor.