A situação dos cristãos no Sudão continua delicada. Desde o dia 15 de abril, quando duas facções militares começaram a lutar entre si, há falta de segurança e alto risco de morte.
“Mais de 400 pessoas foram mortas. As bombas estão caindo como chuva sobre os edifícios. Trabalhadores humanitários e diplomatas foram alvos”, informou uma fonte da missão Global Christian Relief no local, conforme uma publicação do Guiame.
No último domingo (14), atiradores não identificados atacaram a igreja copta Mar Girgis em Omdurman, a maior e mais populosa cidade do Sudão. Eles feriram cinco pessoas, incluindo Anba Sarabamon, um líder cristão, que teve diversas fraturas, segundo a Rádio Dabanga.
‘Eles atiraram nas pessoas’
Conforme a Portas Abertas, a Frente Democrática de Advogados (DLF, da sigla em inglês) relatou que os agressores estavam armados dos pés à cabeça. Eles atiraram nas pessoas, atingindo três cristãos na perna e o abdômen de um guarda.
Os atiradores também saquearam objetos de valor e destruíram a casa de Anba, invadiram o dormitório de mulheres idosas e o quarto de jovens acolhidas pela igreja, revirando tudo. Por fim, fugiram com o carro do líder cristão.
Até agora, nenhum dos grupos assumiu a culpa pelos atentados. “A Portas Abertas condena os ataques e expressa condolências às famílias enlutadas. Conclamamos a comunidade internacional a fazer o que estiver ao alcance para proteger a minoria cristã no Sudão”, disse um representante da organização.
Outras cinco igrejas foram prejudicadas pelo conflito, entre abril e maio. Segundo o portal de notícias Al Jazeera, mais de 700 pessoas morreram no conflito e há mais de um milhão de deslocados internos. A luta continua apesar dos acordos de paz negociados recentemente.