A missão Samaritan's Purse está usando aviões de carga para distribuir alimentos e suprimentos vitais para famílias deslocadas e vítimas da guerra no Sudão.
À medida que a violência continua a aumentar no país, milhares de famílias fugiram em busca de segurança para áreas remotas, muitas das quais são inacessíveis por estrada devido às condições climáticas e ao conflito em andamento.
Durante meses, a falta de segurança em diversos locais fez com que famílias já sofridas ficassem sem acesso a alimentos.
Então, a Samaritan's Purse iniciou recentemente uma operação de entrega de alimentos e suprimentos usando aviões de carga para lançar, de forma estratégica e segura, suprimentos como milho, feijão e sal em campos abertos para as famílias.
Através dos aviões de carga, a Samaritan's Purse está socorrendo as vítimas. (Foto: Reprodução/Samaritan's Purse)
Suprindo suas necessidades físicas e espirituais
David Phillips, vice-diretor do departamento de projetos internacionais, explicou que há uma grande crise humanitária no Sudão.
“A luta começou entre facções rivais, o que causou um deslocamento massivo de pessoas por todo o país. Estamos respondendo encontrando as pessoas onde elas estão e suprindo suas necessidades físicas e espirituais”, disse ele.
E continuou: “Essas entregas de alimentos são feitas em comunidades isoladas, por causa das estradas ou pela dinâmica relacionada ao conflito”.
Desde abril de 2023, quando a violência começou em lugares como a capital Cartum e na região ocidental de Darfur, a missão tem fornecido alimentos, remédios, abrigo e outros recursos a famílias deslocadas.
Nos últimos 30 anos, a Samaritan's Purse tem atuado na região cavando poços para fornecer às comunidades acesso à água potável.
Há também um trabalho voltado para ajudar a cuidar de vítimas de traumas, onde a missão realiza um projeto de alfabetização em igrejas locais, treinamentos em meios de subsistência e liderança bíblica nos níveis local e nacional.
Sudaneses recebendo ajuda da missão Samaritan's Purse. (Foto: Reprodução/Samaritan's Purse)
No início de 2024, quando as viagens por estrada ainda eram possíveis, a Samaritan's Purse começou a enviar comboios de caminhões para o local, transportando toneladas de ajuda, incluindo alimentos e itens de sobrevivência necessários.
“Com as últimas ondas de pessoas deslocadas, continuamos nosso trabalho de salvar vidas em nome de Jesus. Por favor, continuem orando pela paz na região e para que essas famílias experimentem o amor de Deus por meio do nosso trabalho”, afirmou David.
“Estamos fazendo tudo isso porque queremos que as pessoas saibam que Deus não as esqueceu em meio a uma crise e que Ele as ama. A Samaritan's Purse está pronta para servi-las em Nome de Jesus”, concluiu.
A guerra no país
O governo militar do Sudão aprovou uma lei que restaurou amplos poderes e imunidades aos agentes de inteligência, os quais haviam sido retirados após a deposição do presidente Omar al-Bashir, em abril de 2019.
A Lei do Serviço Geral de Inteligência (GIS) (Emenda de 2024) concede aos agentes de inteligência a autorização para convocar e interrogar indivíduos, realizar vigilância e buscas, deter suspeitos e apreender bens, conforme o Sudan War Monitor.
A emenda também garantiu imunidade ampla, protegendo os agentes de processos criminais ou civis sem a necessidade de aprovação do chefe do GIS. Nos casos que envolvem pena de morte, a medida concedeu ao diretor a autoridade para formar um tribunal especial.
O Sudão ocupa a 5ª posição na Lista Mundial da Perseguição da Missão Portas Abertas de 2025, que classifica os 50 países onde os cristãos são mais perseguidos.
As condições no Sudão pioraram à medida que a guerra civil que explodiu em abril de 2023 se intensificou. O país registrou aumentos no número de cristãos mortos e abusados sexualmente, além disso casas e empresas cristãs foram atacadas.
“Cristãos de todas as origens estão presos no caos, incapazes de fugir. Igrejas são bombardeadas, saqueadas e ocupadas pelas partes em guerra”, afirmou o relatório.
A população cristã do Sudão é estimada em 2 milhões de pessoas, o que representa 4,5% do total de mais de 43 milhões de habitantes.
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