Atriz cristã é condenada a pagar US$ 350 mil, após ser demitida por postar versículo

Seyi Omooba foi criticada nas redes sociais por publicar a Palavra de Deus.

Fonte: Guiame, com informações de The Christian PostAtualizado: segunda-feira, 18 de março de 2024 às 13:27
Seyi Omooba. (Foto: Reprodução/YouTube/Christian Concern)
Seyi Omooba. (Foto: Reprodução/YouTube/Christian Concern)

A atriz cristã Seyi Omooba foi demitida de uma adaptação teatral de “The Color Purple” (“A Cor Púrpura”) após postar versículos acerca do casamento bíblico.

As publicações foram consideradas homofóbicas. Então, Seyi perdeu uma batalha legal prolongada, onde foi condenada a cobrir despesas legais superiores a US$ 350.000.

A controvérsia começou com uma postagem feita em setembro de 2014, no Facebook, que levou à remoção da atriz da produção. A demissão provocou uma disputa legal de cinco anos sobre alegações de discriminação religiosa. 

Em 2019, Seyi, de 29 anos, foi escalada para interpretar uma personagem lésbica chamada Celie, na produção. 

Segundo o The Christian Post, ela afirmou que não leu o roteiro da peça antes de aceitar o papel. Então, não tinha conhecimento da orientação sexual da personagem. 

A ação legal contra o teatro e seus ex-agentes foi recusada, com o tribunal enfatizando a falta de preparação e compreensão do papel pela atriz.

O Tribunal de Apelação de Emprego revisou o histórico de Seyi, observando que ela veio de uma família cristã e destacando suas recusas anteriores em aceitar papéis conflitantes com seus princípios cristãos.

O The Sunday Times informou que o juiz disse que Seyi “sabia que não interpretaria uma personagem lésbica, mas não levantou isso com o teatro, ou procurou se informar sobre os requisitos do papel de Celie”.

Seyi estava familiarizada a uma versão cinematográfica de “The Color Purple”, baseada no romance premiado de Alice Walker que seria encenado em Birmingham e Leicester, Inglaterra, onde o “relacionamento” lésbico não era o centro da história. No entanto, esse não era o foco da versão teatral nesse aspecto.

A decisão de Seyi sobre não interpretar certos personagens devido às suas crenças, foi destacada durante o tribunal. Mas, seu recurso legal, incluindo a objeção às taxas legais substanciais, não teve sucesso.

A publicação 

Em 2014, Seyi publicou um post no Facebook que questionou a legitimidade de nascer gay e rotulou a homossexualidade como incorreta. Ela pediu aos cristãos que “digam a verdade” sobre a homossexualidade

“É claramente evidente em 1 Coríntios 6:9-11 o que a Bíblia diz sobre esse assunto. Eu não acredito que você possa nascer gay e eu não acredito que a homossexualidade esteja certa”.

E continuou: “Eu acredito que todos pecam e caem em tentação, mas é pedindo perdão, através do arrependimento e a graça de Deus que vencemos e vivemos como Ele nos ordenou. Que é que um homem deve deixar seu pai e sua mãe e ser unido à sua esposa, e eles se tornarão uma só carne, Gênesis 2:24”.

“Deus ama a todos, só porque Ele não concorda com suas decisões não significa que Ele não te ama. Cristãos, precisamos amar, mas também dizer a verdade sobre a Palavra de Deus”, acrescentou ela. 

Na ocasião, a atriz afirmou que estava cansada de um “cristianismo morno”, onde as pessoas estavam sendo inspiradas a defender o que acreditam.

Depois que as publicações vieram à tona pelo ator Aaron Lee Lambert, que criticou a postura de Seyi no antigo Twitter, o teatro exigiu uma retratação e a cristã recusou. Logo, o contrato da atriz foi cancelado.

Apoiada pelo Centro Jurídico Cristão, Seyi iniciou uma ação legal em agosto de 2019.

Na época, ela disse: “Acabei de citar o que a Bíblia diz sobre a homossexualidade, a necessidade de arrependimento, mas, em última análise, o amor de Deus por toda a humanidade. Eu mantenho o que escrevi”.

 

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