Uma nova parceria entre Brasil e Israel está se formando com o objetivo de auxiliar na preservação da Amazônia, por meio de métodos e tecnologias.
As soluções visam, entre outras coisas, contribuir para que o governo tenha mais dados para impedir as queimadas e o desmatamento.
Tais soluções foram apresentadas nesta quinta-feira (26), no evento denominado Amazon Tech, que teve a participação online do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e do Embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, entre outras autoridades.
A iniciativa tem a realização da BRIL Chamber (Câmara Brasil- Israel) e marcará a inauguração regional da Câmara Brasil-Israel no Amazonas. Será formada por quatro painéis: Meio Ambiente na Visão das maiores empresas brasileiras; Biodiversidade; Saúde e Segurança.
"A exemplo do que vem ocorrendo em todos os países, Israel tem auxiliado o desenvolvimento e a suprir carências com sua tecnologia avançada em todas as áreas. A ideia é a mesma com a Amazônia: aproximar esta tecnologia ímpar ao desenvolvimento e necessidades da região nas áreas de telemedicina, segurança de florestas e navegação, sustentabilidade e biodiversidade, acelerando os cultivos com menor custo e preservação da natureza", diz Renato Ochman, presidente da BRIL Chamber.
Uma das metas também é contribuir para que o ecossistema local seja produtivo sem deixar de ser preservado. Entre os itens a serem apresentados estão técnicas que aumentam a produtividade e saúde de cada árvore; equipamentos que usam imagens de satélite e inteligência artificial para silvicultura, agricultura e mineração; drones para evitar queimadas e tecnologia para o desenvolvimento de novos medicamentos.
O projeto está inserido no conceito de economia 5.0, na qual, diferentemente da 4.0, voltada à estruturação de fábricas e parques industriais, o desenvolvimento é diretamente voltado ao ser humano, colocando na qualidade de vida o foco maior da inovação e da transformação tecnológica.
"Estamos trazendo pessoal especializado e a BRIL Chamber vai apresentar empresas de tecnologia israelense avançada em pré-sintonia com a economia 5.0. Ou seja, uma economia que além de estar ligada a tecnologia, também estará conectada com o desenvolvimento social", ressalta Ochman.
Iniciativas neste sentido já vêm sendo adotadas por instituições brasileiras, muitas delas já premiadas internacionalmente. O know-how israelense terá uma função de contribuição, incremento e inovação.
Plantar, preservar, recuperar, irrigar, reflorestar são verbos que fazem parte do dia a dia em Israel antes mesmo de sua fundação como Estado, em 1948.
E levaram ao desenvolvimento de áreas não só no deserto, mas de verdadeiros pântanos, em regiões inóspitas e totalmente abandonadas, como os hoje verdejantes vales do Sharon e do Hulah.