Cada vez menos pessoas estão associando o Natal com o nascimento de Jesus Cristo, de acordo com uma pesquisa feita nos Estados Unidos e divulgada nesta terça-feira (11). O mesmo acontece não somente entre pessoas não religiosas, mas também entre cristãos.
Segundo o estudo feito pela LifeWay Research, dois de cada três moradores dos EUA (65%) sem distinção de religião ou nacionalidade, acreditam que o Natal deve estar vinculado à história de Jesus. No entanto, em 2014, esse número era de 79%.
A pesquisa ainda mostra que, nesse mesmo período, a porcentagem de pessoas que não sabem o verdadeiro significado do Natal passou de 3% para 16%.
O estudo também revelou que muitos cristãos não evangélicos deixaram de associar o Natal com a história de Jesus, com um apoio de 91% em 2014 e de 81% este ano. Por esse motivo, 60% dos cristãos dos EUA não veem problema falar ou ouvir “Boas festas” ao invés de “Feliz Natal”.
Por outro lado, entre os evangélicos, o nascimento de Jesus é o ponto principal da festividade. Mais de 90% dos evangélicos e dos cristãos com mais de 50 anos ainda preferem a história e as saudações tradicionais destas datas.
O apoio de pessoas de outras religiões ao Natal também diminuiu: em 2014 era de 63% e atualmente é de 35%. Entre os não religiosos, quase a metade (46%) aceitava o Natal há quatro anos, agora esse número diminuiu para 28%.
Scott McConnell, diretor-executivo da LifeWay Research, que estuda a relação entre igreja e cultura, esclarece que a cultura americana passou por mudanças.
“Muitos acham que todos nós temos a cultura do beisebol, da torta de maçã e do Natal, mas não é assim. Quando nos encontramos com alguém cujas crenças são distintas das nossas surge uma discordância e para alguns isso é uma ofensa”, disse à Agência EFE.
Por outro lado, ele incentiva os cristãos a colocarem seu foco na essência da festividade. “Os cristãos podem ser mais bem servidos, encontrando uma maneira de desejar a seus amigos e familiares não-cristãos todas as bênçãos possíveis durante o período em que celebram a Deus por ter abençoado a Terra com Seu Filho”, acrescentou McConnell.