O capelão da Marinha dos Estados Unidos, Louis Lee, pediu aos militares cristãos que compartilhem Jesus com os colegas, após uma onda de suícidio a bordo de um porta-aviões, ancorado em Newport News, onde passa por uma manutenção prolongada.
Em um período de dois anos, seis marinheiros cometeram suídio no navio USS George Washington. Um deles foi Xavier Sandor, de 19 anos, cujos pais disseram que o filho relatava as condições difíceis do trabalho a bordo.
"Era um canteiro de obras e ele trabalhava em turnos de 12 horas à noite. Então, não conseguia dormir durante o dia no navio", contou Mary Graft, mãe de Xavier.
"Nós sempre pensávamos 'Xavier, vai melhorar', sem saber quais eram realmente as condições. Vai me assombrar pelo resto da minha vida", disse o pai, John Sandor.
O capelão Lee explicou que os jovens marinheiros podem ficar vulneráveis em meio a circunstâncias extremamente desafiadoras na Marinha e por isso precisam conhecer Jesus.
"Eu diria que a esperança que podemos dar é a mensagem do Evangelho. É Cristo”, disse ele à CBN News.
Louis encorajou os militares que são crentes a compartilharem as Boas Novas do Evangelho com os colegas que ainda não conhecem Jesus.
"Temos capelães, mas, mais ainda, há bons marinheiros cristãos que podem compartilhar o Evangelho ou talvez um membro da família, que ora por eles ou, quando falam com eles, incentivam que confiem no Senhor e leiam a Bíblia", explicou o capelão.
E acrescentou: "Conheci um marinheiro que distribuía folhetos e só Deus sabe como isso é eficaz".
Segundo o almirante John Meier, comandante das Forças Aéreas Navais do Atlântico, a manutenção prolongada de navios pode ser uma das missões mais difíceis, principalmente para novos militares.
“Essa é claramente nossa população de maior risco em termos de como se adaptam à vida militar, como embarcam em um comando, como processam em um navio que está em um estaleiro. Sem dúvida, é mais desafiador entrar nesse tipo de ambiente do que em outros", explicou.
A Marinha está investigando os suicídios a bordo e os marinheiros estão recebendo atendimento psicológico.
Alguns dos militares foram autorizados a viver em uma estação naval próxima, em vez de ficaram confinados no navio, durante a manutenção que já dura quase cinco anos.
Caso você esteja pensando em cometer suicídio, procure ajuda especializada como o CVV e os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade.
O CVV (https://www.cvv.org.br/) funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil.