Desde o ataque do grupo terrorista Hamas contra Israel, em 7 de outubro, casos de antissemitismo cresceram no mundo. Os ataques incluem ameaças, assédio verbal, intimidação e agressão física.
O Brasil está na lista de países que registraram crescimento do ódio contra judeus. Segundo a Confederação Israelista do Brasil (Conib), os casos de antissemismo aumentaram em 1200% no país.
As denúncias dos crimes foram colhidas em um canal aberto da Conib, e enviadas à polícia e ao Ministério Público.
De acordo com a Revista Oeste, cartazes discriminatórios foram vistos em ruas do Rio de Janeiro, com a frase: “Judeu, câncer do mundo”.
Cartaz encontrado no Rio de Janeiro. (Foto: Divulgação/Subprefeitura da Zona Sul).
O Brasil possui a segunda maior comunidade judaica da América Latina, com 120 mil judeus.
Para analistas, o aumento do antissemitismo revela que já existia um preconceito enraizado contra as comunidades judaicas e também islâmicas.
“Costumo dizer que, quando vemos uma onda de racismo desencadeada por um fato específico, é sinal de que o racismo estava ali antes”, explicou Michael Gherman, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e assessor acadêmico do Instituto Brasil Israel, à Revista Oeste.
Aumento do antissemitismo no mundo
Já nos Estados Unidos, casos de discriminação contra judeus cresceram 400%. Atos de hostilidade têm sido registrados no ambiente universitário. Na Universidade de Cornell, ameaças de morte a judeus foram publicadas na web, após o ataque do Hamas a Israel.
Na europa, relatos de antissemitismo também aumentaram. Na França – onde uma mulher judia foi esfaqueada e teve a porta de casa pintada com uma suástica – 588 atos antissemitas foram registrados.
Na Alemanha, houve 202 ataques antissemitas, incluindo pichações da estrela de Davi em casas e comércios de judeus.