A virologista chinesa que fugiu para os EUA e afirma que o coronavírus foi fabricado em um laboratório na China disse esta semana que sua mãe foi presa pelo Partido Comunista Chinês (PCCh).
A Dra. Li-Meng Yan havia fugido para os Estados Unidos em abril, depois de criticar a gestão do governo chinês sobre a pandemia da Covid-19. Ela diz que a prisão de sua mãe não se justifica.
“Minha mãe não fez nada de errado”, disse ela em entrevista ao apresentador Tucker Carlson, da Fox News, na última terça-feira (6). “A única coisa pela qual prenderam minha mãe e a enviaram para Pequim, é porque eu digo a verdade sobre a Covid-19, e eles se irritam com isso”.
Em 14 de setembro, Yan e três colegas publicaram um artigo de pesquisa em que lançavam dúvidas sobre a posição comum de que o coronavírus tenha se originado “naturalmente”. O artigo afirmou que "a teoria da origem natural, embora amplamente aceita, carece de apoio substancial".
Os autores notaram que qualquer desvio da teoria de que o vírus tenha sido naturalmente originado é fortemente censurado pelo Partido Comunista Chinês. No entanto, o artigo de Yan apresenta evidências que contradizem as origens naturais do coronavírus e mostra que ele "deve ser um produto de laboratório, criado usando coronavírus de morcego ZC45 e / ou ZXC21 como um modelo e / ou base". Após a publicação do artigo, a conta de Yan no Twitter foi suspensa.
Yan afirmou no Tucker Carlson Tonight em 15 de setembro que o coronavírus foi feito pelo homem e intencionalmente liberado de um laboratório pelo governo chinês.
"Então, junto com a minha experiência, posso dizer a vocês, isso é criado no laboratório ... e também, é espalhado pelo mundo para causar tantos danos", disse.
Ela enfatizou que sabia das origens e do propósito da pandemia da Covid-19.
“Portanto, tenho evidências para mostrar por que eles podem fazer isso, o que fizeram e como fizeram”, disse ela.
Além disso, ela afirmou que "o mundo científico também mantém silêncio e trabalha junto com o Partido Comunista Chinês”.
“Eles não querem que as pessoas saibam esta verdade", alertou.
Após suas próprias declarações públicas sobre a Covid-19, Yan disse que ela se tornou uma “ameaça” sob o ponto de vista das autoridades chinesas.
“Eu sou o alvo que o Partido Comunista Chinês deseja que desapareça”, declarou.
Censura
No programa que foi ao ar em 6 de outubro, Yan afirmou que a recente prisão de sua mãe se deve à sua própria denúncia sobre as origens da Covid-19. Ela disse que o Partido Comunista Chinês estava tentando impedi-la de falar.
Yan mencionou ainda o fato de que as autoridades chinesas ficaram irritadas com a entrevista que ela havia concedido a Tucker Carlson em 15 de setembro. Ela também observou que não recebeu nenhum apoio da Organização Mundial de Saúde ou dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.
Yan disse a Carlson que silenciar os críticos é uma tática comum do Partido Comunista Chinês, mas protestou contra isso.
“O Partido Comunista Chinês não pode usar nenhum motivo para prender e até matar alguém, só porque você os deixa infelizes ou tenta revelar a verdade”, denunciou.
Recentemente, um bilionário chinês foi condenado à prisão por 18 anos após ter criticado a maneira como o presidente Xi Jinping administrou a pandemia. A mídia estatal chinesa declarou que Ren Zhiqiang foi considerado culpado de corrupção financeira.