Em uma breve entrevista ao comentarista Caio Coppolla, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, disse que o cristianismo é a religião mais perseguida do Brasil.
O contexto da conversa foi sobre a realidade da intolerância religiosa no país e o preconceito contra o público evangélico.
Coppolla lembrou o termo “Cristofobia”, trazendo os comentários feitos pelo ex-presidente americano Barack Obama e pela ex-senadora Hillary Clinton que se referiram aos cristãos massacrados no Sri Lanka como “adoradores da Páscoa”.
O comentarista disse que aqui no Brasil “a gente vê esse preconceito de forma mais velada, especialmente em relação ao público evangélico”.
A pergunta feita por Coppolla à ministra foi direta: “Como lidar com esse preconceito religioso que fere nossos direitos humanos sendo um bom cristão? Ou seja, com perdão, dando a outra face, sem perder a compostura, mas também sem ficar resignado.”
Damares respondeu dizendo que “primeiro a gente precisa admitir que isso existe de verdade, e que no Brasil a intolerância religiosa e o preconceito com relação á religião é uma realidade”.
A ministra declarou que existem forma de reação a isso. “Sabendo que existe [o preconceito], lutar contra o preconceito e contra todos os ataques por conta de nossa fé; como bons cristãos nós sabemos que seríamos perseguidos, humilhados, que nós seríamos envergonhados. Isso faz parte da nossa fé. Podemos reagir, mas com mansidão, com sabedoria”.
Damares fez um pedido aos jovens cristãos: “Leiam. Nós temos leis e nós temos direitos. Vamos trabalhar usando a legalidade, usando a lei a nosso favor. É dessa forma que eu reajo, Sempre que possível eu aciono a lei, porque nesta nação nós temos a liberdade de culto e a liberdade de fé”.
Coppola lembrou que esse direito une várias outras liberdades: “Liberdade de associação, liberdade de crença, liberdade de pensamento, liberdade de expressão”. Ele lembrou ainda que a “liberdade religiosa é um princípio basilar e que a religião do próximo deve ser respeitada, seja ela qual for.”
Coppolla se despediu na postagem do vídeo com a frase: “Fiquem com Deus - ou sem Deus, mas sempre respeitando a liberdade de crença do próximo.”