Aos 43 anos, a norte-americana Heidi Wachtel tinha uma vida completamente ativa. Ela era corredora de maratona e faixa preta no karatê, até que um acidente doméstico a deixou paralisada do pescoço para baixo.
“Sinceramente, as coisas que passavam pela minha cabeça eram: eu não queria viver. Não é assim que eu quero viver”, disse Wachtel à emissora KETV.
Em junho, Wachtel estava mostrando ao filho adotivo alguns truques em seu trampolim na casa da família, no estado de Nebraska (EUA). Enquanto pulava, ela caiu de cabeça e sofreu uma grave lesão na parte superior da medula espinhal.
“A única coisa que sempre gritei com meus filhos é para sempre fechar o zíper do trampolim. Eu não fiz naquele dia e isso me custou caro”, disse Wachtel, moradora do condado de Hamilton.
“Eu rastejei para dentro de casa, porque tudo formigava, mas eu ainda conseguia me mexer. Mas em mais ou menos uma hora eu não tinha nada. Quando o helicóptero de emergência chegou eu não tinha nenhum movimento”, lembra.
Durante o difícil processo, ela encontrou suas forças no apoio do marido, Brayden, e de uma passagem bíblica. “Você pode permanecer em algo que acontece ou pode escolher fazer algo com isso”, disse ela.
Ela escolheu lutar. “Eu consigo respirar. Consigo mexer minha cabeça. Ainda tenho meu cérebro funcionando. Tenho braços que estão começando a funcionar, então chega. Tenho minha compaixão. É hora de seguir em frente e vamos ao que vem a seguir”, disse Wachtel.
Heidi Wachtel, 43 anos, tornou-se paralítica após um acidente doméstico. (Foto: Arquivo pessoal)
O tratamento de Wachtel já teve grandes avanços no Madonna Rehabilitation Hospitals, na cidade de Lincoln. “eu consigo me alimentar sozinha. Consigo escovar meu cabelo mais ou menos”, disse ela.
Brayden está surpreso com a determinação da esposa. “Nós brincamos que a frase dela sempre foi ‘eu faço, eu faço’ porque ela não deixava ninguém ajudá-la”, disse ele. “A independência dela sempre foi grande”.
Uma das principais preocupações agora é que o plano que cobre seu tratamento está acabando. O casal viaja de duas a três vezes por semana para Lincoln para receber a terapia.
“Eu só tenho mais algumas visitas e isso é tudo que tenho. Não recebo mais terapia até janeiro”, disse Wachtel.
Ainda assim, Wachtel não coloca seu foco nas dificuldades. Em vez disso, ela é grata por todo o apoio que recebeu de sua igreja e por estar viva. “Deus tem um propósito e é minha responsabilidade cumpri-lo. Então vou chegar tão longe quanto Ele quer”, disse Wachtel.