Um departamento de polícia em Louisiana (EUA) não irá mais promover vigílias de oração, após uma queixa da organização ateísta Freedom From Religion Foundation (FFRF).
No fim de agosto, o Departamento de Polícia de Shreveport, liderado pelo pastor e chefe de polícia Alan Crump, recebeu uma carta da FFRF. Os ateus se opuseram às vigílias mensais de oração realizada pelo programa de capelania “Pastores na Patrulha”, que envolvia a participação de outros 20 pastores.
A vigília de oração foi criada para “unir líderes comunitários, policiais e moradores em oração” pela cidade, segundo o departamento de polícia. A carta da FFRF pede não apenas o fim das vigílias, mas também o encerramento do programa de capelania.
A organização ateísta argumenta que a participação dos policiais em eventos religiosos viola a Constituição dos Estados Unidos porque mostra uma “aparência de viés” aos cidadãos de fé e “hostilidade” aos cidadãos sem fé.
O procurador de Shreveport, William Bradford, confirmou na semana passada que o departamento não voltará a realizar vigílias de oração. No entanto, os oficiais ainda são bem-vindos para participar de vigílias promovidas pelos membros da comunidade.
Apesar do apelo da FFRF, a cidade não pretende suspender o programa de capelães.
Parceria com as igrejas
De acordo com o site do departamento de polícia, os pastores filiados ao programa de capelães são de várias denominações religiosas e acompanham os policiais durante a patrulha.
“Enquanto estamos em patrulha, eles fornecem conforto e conselhos para os oficiais e os cidadãos com quem entram em contato”, explica o site. “Em muitos casos, a presença deles pode [desarmar] situações hostis, especialmente se os capelães estão trabalhando em uma área perto da igreja. Esses capelães são bem conhecidos e respeitados em seus bairros e servem como ligação entre a polícia e os cidadãos”.
A FFRF, que tem mais de 32 mil membros nos EUA, tem pressionado regularmente entidades do governo e distritos escolares que possuem envolvimento com a religião.