Os vereadores de São Paulo aprovaram, na noite de quarta-feira (23), em segunda votação, o Projeto de Lei nº 197/2018, que cria o Marco Regulatório Municipal da Economia Solidária, de autoria do vereador Eduardo Suplicy (PT). O projeto recebeu 39 votos favoráveis e 16 contrários.
Segundo matéria do BSM (Brasil Sem Medo), pouco antes da votação, o parlamentar apresentou um texto substitutivo do projeto original incluindo a imposição do ensino da ideologia de gênero nas escolas municipais.
O petista incluiu no inciso VIII, do artigo 3, no substitutivo a "garantia de direitos e promoção dos direitos humanos nas relações, notadamente com equidade de direitos de gênero, geração, raça, etnia, orientação sexual e identidade de gênero". Já no artigo 10, Suplicy incluiu no §2º "os estabelecimentos de ensino da Rede Municipal de Educação deverão abordar, de forma interdisciplinar, o conteúdo e os princípios da Economia Solidária".
Dessa forma, através do ensino de "Economia Solidária", foi inserido para dentro das escolas o ensino da chamada ideologia de gênero, que ensinará a crianças a tese da inexistência de homem e mulher, afirmando a maleabilidade sexual, teoria que embasa mudanças de sexo e promove erotização em crianças. A teoria do gênero vem sendo rejeitada amplamente pela população brasileira, embora goze de popularidade entre ativistas e universitários.
Em 2015, tentativas de inserção da ideologia em planos estaduais e municipais de educação levou a uma campanha popular de rejeição às teorias do gênero.
Para o vereador Rinaldi Digilio (PSL), houve um avanço desnecessário do projeto para que ocorresse a aprovação. O parlamentar pontuou que votou contrário ao projeto, mas afirma que alguns dos seus colegas não perceberam as emendas que Suplicy inseriu no texto final.
“"Eu votei contrário a esse absurdo, mas tenho certeza de que muitos nem perceberam. Esse projeto abre brecha para que a ideologia de gênero, enfim, entre nas escolas municipais, depois de uma longa batalha travada para evitar que isso aconteça", Digilio.
Por ter ocorrido numa segunda votação, o projeto seguirá para sanção ou veto do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). Rinaldi Digilio pontuou que espera que o gestor vete o projeto e lançou um abaixo-assinado digital para pressionar Nunes a vetar a matéria.