A Bíblia é o item principal durante programas de ensino nas igrejas ou cursos teológicos. Em Luisiana, nos Estados Unidos, o Livro Sagrado tem sido usado durante aulas de ciências a fim de "apresentar pontos de vista alternativos" sobre o criacionismo para alunos do distrito escolar do Estado.
Ao saber que no colégio Bossier Parish, em Luisiana, alguns professores estão usando a Bíblia para ensinar a evolução, o porta-voz do Centro Nacional para Educação Científica, uma ONG que promove o ensino do evolucionismo nas escolas, afirmou que "um em cada oito professores de biologia do ensino médio defendem o criacionismo, mesmo que isso seja considerado 'inconstitucional'".
"Vamos ler Gênesis, e eles terão material suplementar para entender vários aspectos da evolução", disse Creamer em uma das linhas.
Rosenau, que se opõe ao ensino do criacionismo nas escolas, afirmou: "Esses e-mails deixam claro que muitos professores estão interpretando mal a Lei da Educação Científica ao permitir que tais lições inconstitucionais e cientificamente equivocadas sejam ensinadas."
Um porta-voz do colégio Bossier Parish, que está entre os que mais cresce no estado, disse que enquanto o "distrito [escolar] não fornecer literatura criacionista como suplemento nas aulas", a escola irá permitir que os educadores "usem a Bíblia como material suplementar para apresentar pontos de vista alternativos para a evolução".
"Nós apoiamos que os nossos professores envolvam os alunos em um diálogo sobre criacionismo e evolucionismo, permitindo que os estudantes expressem suas opiniões", o porta-voz acrescentou.
Lei da educação cientifica
A Lei da Educação Científica foi provada em 2008, em Luisiana. O ato exige os professores forneçam interpretações mais críticas sobre questões como a teoria da evolução e as mudanças climáticas.
Rosenau está entre os críticos seculares mais ativos contra educadores que utilizam a lei para ensinar o criacionismo nas escolas.
Ainda que a lei inclua uma cláusula que proíbe a promoção de qualquer doutrina religiosa, críticos defendem que a legislação permite que as escolas ensinem o criacionismo.
Desde a sua aprovação, muitos esforços tem sido feitos na esfera legislativa para revogar a lei, mas nenhuma ação teve resultado.