Um vídeo mostrando o casamento entre duas meninas do jardim de infância de uma escola na região de Santa Bárbara de Bío Bío, no Chile, causou questionamentos da Ouvidoria da Criança, pedindo informações sobre o conteúdo.
As crianças, vestidas de noiva e noivo, participam de um casamento gay, realizado pelas próprias professoras. Os meninos e meninas da turma também fazendo parte da “brincadeira”.
Reagindo ao vídeo, a Ouvidoria da Criança pediu informações sobre o ocorrido, enfatizando que esse tipo de situação não deveria ocorrer no âmbito escolar.
⚠️Ante imágenes que dan cuenta de un juego, guiado por adultas, en que se simula un matrimonio en un jardín infantil de Chillán, somos enfáticos al decir que estas situaciones no deberían darse en un marco educativo, ya que no aportan al desarrollo integral de niños y niñas.
— Defensoría de la Niñez (@defensorianinez) September 1, 2022
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“Diante de imagens que mostram um jogo, orientado por adultos, em que se simula um casamento num jardim de infância, somos enfáticos em dizer que estas situações não devem ocorrer no âmbito educativo, uma vez que não contribuem para o desenvolvimento integral de meninos e meninas", escreveu o órgão no Twitter.
“Embora o jogo em si seja um direito de toda criança e adolescente e seja uma poderosa ferramenta de aprendizado, ele deve respeitar cada estágio de desenvolvimento em que se encontra”, acrescentou a ouvidoria.
Na encenação duas meninas estão vestidas de noiva, uma finge ter um terno de homem, e elas estão sentadas enquanto seguem as instruções do adulto responsável que as estimula a "colocar as alianças" e depois se beijar na bochecha.
Na sequência, as duas crianças andam por um corredor, simulando a saída de um casamento, sob aplausos dos demais meninos e meninas.
Críticas e indignação
Em resposta, houve críticas no Twitter da Ouvidoria pelo que “adultos” estavam fazendo com as crianças.
Uma internauta escreveu: “Que viralize para que os cegos de uma vez por todas saibam o quão horrível eles querem fazer com as crianças”.
Um homem disse que se tratava de uma “aberração” e que serem professores “não lhes dá o direito de envenenar a mente das crianças”.
Em resposta a uma mulher indignada, a Ouvidoria respondeu que “o que você vê no vídeo não tem nada a ver com Educação Sexual Integral, que respeita o grau de desenvolvimento de cada criança e adolescente”.
O Pr. Renato Vargens publicou o vídeo em seu perfil no Instagram com o seguinte comentário:
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“Adultos fazem o que querem. Na verdade, a vida é deles não é mesmo? Agora, crianças? Fazer isso com crianças? Isso é um absurdo. Crianças nem sabem o que é isso! Qual a razão de encenarem esse tipo de coisa?”, questionou. “Que Deus tenha misericórdia dos pequeninos”.