Os fundadores do Twitter e do Facebook foram alvos de ameaça em um novo vídeo divulgado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI). As intimidações são uma resposta às ações das duas empresas para bloquear conteúdo terrorista nas redes sociais.
"Se vocês fecharem uma conta, nós tomaremos dez em troca e logo seus nomes serão apagados, após deletarmos seus sites, se Alá quiser", diz um trecho do vídeo, em que imagens de Jack Dorsey e Mark Zuckerberg são perfuradas com balas.
Os extremistas alegam ter controle sobre mais de 10 mil contas e 150 grupos no Facebook, além de 5 mil perfis no Twitter.
Executivos do Twitter, Facebook, Apple, Microsoft e outras empresas de tecnologia participaram de uma reunião em janeiro com oficiais do governo americano para discutir o combate ao terrorismo online.
Na primeira semana de fevereiro, o Twitter fez um anúncio onde confirmou a suspensão de 125 mil contas relacionadas ao terrorismo desde meados de 2015.
Em relação à nova ameaça do grupo terrorista, um porta-voz do Twitter disse que a empresa não pretende se pronunciar, pois as ameaças são frequentes. "Acontece o tempo todo", disse, sem informar detalhes.
Em março do ano passado, o Estado Islâmico emitiu uma ameaça dirigida diretamente a Dorsey, fundador do Twitter.
"Sua guerra virtual contra nós causará uma guerra real contra vocês", dizia o texto. "Vocês começaram essa guerra fracassada. Dissemos a vocês desde o começo que isso não é uma guerra, mas vocês não entenderam e continuaram fechando nossas contas no Twitter. Mas nós sempre voltamos."