O grupo terrorista Estado Islâmico convocou “lobos solitários” para assassinar cristãos e judeus em todo o mundo durante o mês do Ramadã.
O “lobo solitário” é alguém que prepara e comete atos violentos sozinho, fora da estrutura de comando do grupo ao qual se identifica, mas colaborando com ele de forma independente.
Conforme o The Jerusalem Post, a informação sobre a convocação de ataque veio do veículo de comunicação britânico Mirror, na sexta-feira (29).
Massacre em Moscou
O porta-voz do Estado Islâmico, Abu Hudhayfah al-Ansari, elogiou o ataque terrorista ao Crocus Concert Hall, perto de Moscou, onde 140 pessoas foram assassinadas.
Depois do massacre na Rússia, Al-Ansari passou a contatar os “lobos solitários” pelo Telegram, inspirando-os a “visar os cristãos e o povo judeu, especialmente nos EUA, na Europa e em Israel, durante o mês de jejum dos muçulmanos”.
Comemorando o 10º aniversário da declaração do califado do Estado Islâmico no Iraque e na Síria, al-Ansari afirmou também que as tropas americanas no Iraque “serão atacadas” pela organização terrorista.
Convocação dos mais novos para a Jihad
Através de um áudio de 41 minutos, o porta-voz “destacou e elogiou a expansão global do Estado Islâmico” e criticou duramente a organização terrorista Al-Qaeda, alegando que esta se desviou do seu caminho.
O porta-voz terrorista também instou os membros em Moçambique a “duplicar os ataques” e falou aos terroristas nas Filipinas para “transferirem as operações para as principais cidades”, sinalizando uma escalada perigosa.
Ele enfatizou a obediência aos mais velhos e a divulgação da mensagem do Estado Islâmico por toda parte, apelando àqueles que se envolvem na Jihad (guerra santa islâmica), também conhecidos como Mujahidin, a atenderem às ordens dos seus líderes.
‘Métodos de assassinato em massa’
Abu Hudhayfah al-Ansari assumiu o cargo em agosto de 2023, substituindo Abu Omar al-Muhajir e sua retórica antissemita ressoou fortemente entre os extremistas, ainda conforme o The Jerusalem Post.
No dia 4 de janeiro, al-Ansari afirmou que “o monoteísmo é o objetivo e a Jihad é o caminho”. Ele então declarou que o conflito com o povo judeu “não terminará em nenhuma das soluções atualmente sugeridas”.
“É uma guerra religiosa e ideológica que continuará”, disse al-Ansari, seguido de uma lista de vários métodos de assassinato em massa.