Mais de 30 anos atrás, o ex-ateu David Ireland era como qualquer outro descrente - desinteressado por Deus e distante da fé cristã. Mas em 1982, ao conquistar seu primeiro diploma em engenharia mecânica, aos 20 anos, ele teve um encontro com Cristo.
"Eu me lembro do dia. Era 06 de julho de 1982, às 10 horas eu estava sentado à beira da minha cama, no meu dormitório e eu disse 'Deus, se você é real, muda-me'. E ele fez isso. Daquele momento em diante eu comecei a compartilhar a minha fé com outros e comecei a viver para Jesus", lembrou o homem que hoje é pastor e escritor, durante uma entrevista com o 'Christian Post' sobre seu mais recente livro, "A Arma da Oração: Maximizando a Sua Grande Estratégia Contra o Inimigo".
Três décadas mais tarde, o homem nascido no Queens (conhecido bairro de Nova York), que foi o autor de quase duas dezenas de livros, se aprofunda ainda mais em sua caminhada, enquanto ele agora lidera a 'Christ Church', uma próspera igreja de 8.000 membros e diversas congregações no norte de Nova Jersey.
Ireland disse que, como um ex-ateu ele entende os descrentes e não se ofende pessoalmente quando eles questionam a Deus, porque, segundo ele, os ateus fazem isso porque realmente estão apenas à procura de um maior significado e propósito para suas próprias vidas.
"Eu questionei a existência de Deus muitas vezes como um ponto de discussão, porque eu estava à procura de mim mesmo, então meu argumento era um mecanismo de defesa", revelou.
"Eu não queria que ninguém soubesse o que eu estava procurando e bastava usar uma expressão enigmática, discutir e tentar criar buracos nas filosofias dos outros", continuou ele. "Mas o que eu realmente estava procurando eram respostas. Então eu vejo que muitas destas pessoas, quando elas me fazem perguntas e quando eles dizem coisas que muitas vezes mostram que eles são ateus ou agnósticos apenas estão duvidando de tudo. Eles estão realmente pesquisando e procurando por respostas".
No início deste mês, o pastor lançou seu novo livro e teve a percepção que ele precisava de mais oração em sua vida. Ele quer que o livro soe como uma chamada, um despertar para companheiros crentes a compreender mais sobre o poder da oração.
"Eu tenho uma compreensão de que eu preciso de oração e eu tenho buscado me tornar um homem de oração", ele compartilhou com CP. "E então eu queria escrever algo que pode falar com as pessoas de hoje, na nossa geração, sobre o tema das orações, algo prático e implementável na área de oração".
Ireland também compartilhou que os cristãos devem considerar atentamente a forma como eles vêem a Deus, porque, em última análise, a sua percepção é o que molda a sua fé.
"O cristianismo deve ser encarado como uma fé que nos ajuda a entrar em contato com Deus, mas também a forma como nos desenvolvemos em Deus deve ser muito forte", disse.
"Por exemplo, quando olhamos para Deus como nosso Pai, nós O compreendemos melhor. Como uma criança, nos relacionamos com Ele como com uma certa pessoa paternal", acrescentou. "Se olharmos para Deus como um jardineiro, como Jesus disse: 'Meu pai é um jardineiro', então nós também compreendemos Deus em outra dimensão. Ele nos cultiva como Seu jardim. Nós, então, respondemos a isto, nós crescemos, nós floresceomos, fazemos as coisas que são instintivas para nós como árvores".
"Mas quando nos relacionamos com Deus como um general (porque é isso que Josué 5 NVI nos diz que Deus é: o comandante do exército divino), isto coloca toda uma outra dimensão no meu relacionamento com Deus. A Bíblia me diz que Deus é um general... Ele tem uma missão, ele tem um plano, Ele tem que conquistar as coisas e nós, como Seus soldados, também devemos nos ver como militares. Paulo disse a Timóteo que ele teve que lutar o bom combate da fé e se ver como um soldado no exército de Deus. Portanto, quando falo sobre a oração como uma arma, ela coloca tudo em contexto, pois estamos agora não apenas servir a Deus o Pai ou gardner, estamos servindo a Deus o general".