Uma faculdade cristã no subúrbio de Chicago (EUA) deu início ao processo de rescisão de uma professora, que já havia sido suspensa no último mês, por ter dito que cristãos e muçulmanos adoram o mesmo Deus.
Larycia Hawkins, professora de ciência política na Wheaton College, confirmou a decisão à imprensa na quarta-feira (6). Ela chamou a atenção internacional em dezembro, quando decidiu usar um véu para mostrar solidariedade com os muçulmanos após o tiroteio que aconteceu em San Bernardino, causado por terroristas islâmicos.
"Eu quero que o foco de ser tirada da Wheaton não tome o direito por mim", disse Hawkins ao The Guardian. "Isso é ruim — mas o que é ainda pior é o tipo de tolerância acima da intolerância, da islamofobia, da retórica política — e nós não checamos os políticos."
Larycia Hawkins, professora de ciência política na Wheaton College, confirmou a decisão à imprensa na quarta-feira (6). Ela chamou a atenção internacional em dezembro, quando decidiu usar um véu para mostrar solidariedade com os muçulmanos após o tiroteio que aconteceu em San Bernardino, causado por terroristas islâmicos.
"Eu quero que o foco de ser tirada da Wheaton não tome o direito por mim", disse Hawkins ao The Guardian. "Isso é ruim — mas o que é ainda pior é o tipo de tolerância acima da intolerância, da islamofobia, da retórica política — e nós não checamos os políticos."
A faculdade não tomou uma posição sobre a decisão de Hawkins usar um hijab, mas disse anteriormente que suas declarações sobre o cristianismo e o islamismo precisam de "uma maior clarificação teológica", antes que ela pudesse voltar ao trabalho. A professora foi colocada sob licença administrativa no dia 15 de dezembro.
De acordo com a faculdade, os comentários de Hawkins entram em conflito com a sua declaração de fé, que é um conjunto orientador de crenças que estão no cerne da educação da Wheaton, onde os membros do corpo docente assinam e devem respeito.
"A Wheaton reconhece que pode haver uma gama de pontos de vista entre os nossos professores e funcionários sobre questões contemporâneas. No entanto, nós levamos a Declaração de Fé a sério. Como membros desta comunidade voluntária, não esperamos que todos professores e funcionários a assinem, meramente, como um requisito superficial de emprego, mas também para afirmá-la como uma expressão de suas próprias crenças", disse a faculdade em um comunicado.
Estudantes e simpatizantes de Hawkins, que trabalhou na faculdade evangélica por nove anos, se uniram nas mídias sociais nas últimas semanas com a hashtag #ReinstateDocHawk (#ReitegreProfHawk, em tradução livre). Uma petição online reuniu mais de 54 mil assinaturas.
A decisão final sobre o emprego de Hawkins pode levar semanas. Na conclusão do processo, a faculdade fará uma audiência que será realizada por um comitê de pessoas nos próximos 30 dias. Após a audiência, uma recomendação sobre a posse da professora será enviada ao presidente da faculdade, Wheaton Philip Ryken.
Em seguida, Ryken fará uma recomendação ao conselho de curadores da Wheaton, que fará a chamada final sobre o cargo de Hawkins.
Apesar da disputa com a Wheaton, Hawkins deixou claro que caminha sem ressentimentos em relação aos funcionários da faculdade. "Eu não tenho ódio no meu coração pela Wheaton College ou qualquer administrador lá", disse ela.