Perspectiva arquitetônica de como deve ficar o prédio da Embaixada da Palestina em Brasília. (Foto: Encontro Digital)
A construção de uma imponente mesquita muçulmana em Brasília é uma das amostras mais visíveis da afinidade que o Partido dos Trabalhadores (PT) tem com os representantes palestinos no Brasil. Segundo denúncias do colunista da Veja, Felipe Moura Brasil, o empreendimento é um canal aberto para infiltração do grupo terrorista Hamas na capital federal.
Em 2010, o governo Lula doou um terreno de 16 mil metros quadrados em zona privilegiada de Brasília para a construção de uma embaixada palestina. Na ocasião, a pedra fundamental foi inaugurada na pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.
Este ano, os três prédios em estilo arquitetônico oriental, projetados pela empresa jordano-palestina Jerdana, estão ficando de pé — um será para a embaixada, outro para a residência do embaixador e um terceiro para a moradia de funcionários diplomáticos.
No prédio da embaixada, que será o principal, há uma cúpula dourada inspirada nos santuários islâmicos da Palestina. A empresa construtora é a Sox Engenharia Ltda. O custo é de 13,3 milhões de reais — parte do dinheiro vem da Palestina e outra parte vem de doações.
Ameaça terrorista no Brasil
Millitares brasileiros vêm demonstrando preocupação com o novo empreendimento dos aliados do PT, construído em um “terreno imenso para os padrões de Brasília", com vista para o Lago Norte. “Os veículos e pessoas, por serem diplomáticos, não podem ser revistados. E a embaixada é área soberana do Hamas agora”, disse à Veja um militar que preferiu não ser identificado.
“O local é estratégico. Fica em uma rua de serviço que dá acesso aos alojamentos da guarda da Presidência e do batalhão de Polícia Militar, além de acesso à via expressa que liga ao Eixo Monumental e ao Palácio da Alvorada", alerta ele.
"A pista ainda liga a via N2 às entradas de serviço dos Ministérios, do Senado e do Palácio do Planalto. E do outro lado da rua, em frente ao complexo palestino, fica a estação elétrica de toda a esplanada dos Ministérios, do Congresso Nacional, do STF e da Presidência da República”, continua.
Ao ser questionado pela equipe da Veja se os terroristas poderiam, na prática, apagar o Planalto, o militar foi categórico: “Sim. E acessar todas as estruturas de governo em questão de meia hora. Inclusive de segurança”.
Inimigos de Israel
“Esse Israel tem de desaparecer. E não é o embaixador do Irã nem o presidente [Mahmoud] Ahmadinejad quem está falando”. Quem disse isso foi o embaixador palestino no Brasil, Ibrahim Alzeben, em uma palestra a universitários feita em outubro de 2011.
Na época, Albezen acusava Israel de infiltrar agentes em Gaza para disparar mísseis contra a própria população. “Israel está preparando provocações para um novo conflito. Duvidem da origem dos próximos foguetes partindo da Palestina.”
Coincidentemente, essa é a mesma mensagem pregada por terroristas do Hamas, parceiros da Autoridade Nacional Palestina no governo de unidade nacional.
Estágio das obras da embaixada palestina em Brasília em fevereiro. (Foto: Veja)
Em paralelo a isso, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, enviou ao governo de Israel sua expressão de desconforto diante da nomeação do ex-chefe de Conselho, Dani Dayan, como embaixador de Israel no Brasil, no último domingo (20).
A recusa de um governo em aceitar um embaixador é algo raro de acontecer e, geralmente, a fim de evitar um incidente diplomático. O motivo seria os laços de Dayan com os assentamentos de judeus na Cisjordânia.
Outros Envolvimentos
Um antigo assessor da Casa Civil da Presidência da República, durante a gestão da então ministra Dilma, entrou na lista de investigados pela Justiça por suspeita de cumplicidade com terroristas. Na ocasião, Bulhões foi nomeado por Dilma para um cargo de confiança: supervisor de legislação pessoal.
Atuando hoje como advogado, Marcelo Bulhões dos Santos é um brasileiro que se converteu ao islamismo, e já trabalhou até mesmo na própria Polícia Federal. Ele pertence à corrente sunita e frequenta, com regularidade, a mesquita da capital federal.
Policiais federais que estiveram no prédio de Bulhões, em abril deste ano, apreenderam documentos e materiais eletrônicos, por ordem da Justiça Federal. Os indícios dão conta da ligação dele com extremistas estrangeiros. Como não há crime de terrorismo no país, a Justiça colhe elementos para julgá-lo por crimes acessórios, como estelionato e falsificação de documento.