Todos que estavam sendo mantidos como reféns por homens armados em um hotel de luxo, no Mali (África), foram libertos, segundo as autoridades locais.
"Agora não há mais reféns", as autoridades do Mali confirmaram nesta sexta-feira (20), na sequência de uma invasão ao hotel, executada por forças especiais.
Um grupo jihadista Africano, ligado à Al-Qaeda reivindicou a responsabilidade pelo ataque de hoje, no 'Radisson Blu Hotel', localizado na capital do Mali, Bamako.
O grupo conhecido como 'Al-Mourabitoun' teria feito a afirmação no Twitter. Os terroristas têm sua base no norte do Mali, de acordo com a Reuters.
170 pessoas, incluindo 30 membros da equipe do hotel, foram mantidas como reféns nesta manhã por homens armados que invadiram o prédio, disparando suas armas e gritando "Allahu Akbar" ("Alá é grande").
A mídia estatal do Mali disse que 80 reféns foram libertados por volta do meio-dia (horário local), mas uma atualização no site do hotel publicado às 13h disse que 124 clientes e 13 funcionários ainda estavam presas no edifício. De acordo com fontes de segurança, algumas pessoas realmente haviam sido libertas, após aceitarem recitar versos do Corão.
Forças especiais do Mali adentraram o hotel nesta tarde, em uma tentativa de libertar os reféns restantes. Três pessoas foram mortas a tiros - uma destas pessoas seria um cidadão francês - e dois soldados ficaram feridos.
De acordo com a BBC, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos deu apoio aos esforços de libertação. Um funcionário disse que cerca de 25 militares já estavam em Bamako, antes do ataque, e algumas pessoas estão ajudando "com o transporte das vítimas para locais seguros, enquanto as forças do Mali vasculham o hotel".
Um porta-voz do serviço de segurança nacional francês disse que cerca de 40 policiais das forças especiais também participaram da operação de resgate.
O incidente ocorreu uma semana após os ataques terroristas em Paris, que mataram 129 pessoas, na última sexta-feira (13). Os tiroteios e bombardeios em vários locais da capital francesa foram coordenados por militantes do Estado Islâmico.