Em uma campanha publicitária publicada na quarta-feira (23), o Burger King usou relatos de crianças para apoiar a causa LGBTQIA+. Intitulado “Como explicar?”, o vídeo tem sido alvo de críticas nas redes sociais por usar a imagem infantil para promover a ideologia de gênero.
Ao longo do vídeo, as crianças compartilham sua visão sobre a diversidade sexual, ao lado de seus responsáveis. “Para mim, todo mundo pode amar todo mundo”, afirma um garoto. “Eu acho que pode se casar com homem, se casar com mulher”, diz uma menina.
Para Juliana Cury, diretora da marca Burger King do Brasil, a campanha busca dar uma “lição” para a sociedade. “O lançamento da campanha tem como objetivo endereçar um ponto de reflexão à população em geral. O preconceito é uma construção social e, com toda a responsabilidade que nos cabe enquanto companhia, conseguimos mostrar que os pequenos carregam o discernimento a partir de um olhar muito sensível e humano”.
“Se a criança tem discernimento para isso, então a maioridade penal deve ser reduzida para 15 anos ou menos”, afirma um deles. “Ótima estratégia de como perder clientes: misture ideologia com crianças”, diz outro. “Respeito é diferente de incentivo. Deus tenha misericórdia…”, outro observa.
No entanto, a leitura social ainda é moldada por seus valores morais. No YouTube do Burger King Brasil, o vídeo já soma mais reações negativas do que positivas. Até a publicação desta reportagem, há 32 mil descurtidas contra 24 mil curtidas. Nos comentários, diversos internautas expressam sua indignação.
Veja:
Crítica de pastores
A campanha também foi condenada por pastores nas redes sociais. Com uma imagem propondo um boicote de cristãos ao Burguer King, o pastor Lucinho sugeriu nesta quinta-feira (24): “Não toque nas nossas crianças que nós boicotamos mesmo!”
O pastor Claudio Duarte destacou que tudo é feito “pela publicidade, visibilidade e ganho econômico” nesta sexta-feira (25). “Pra mim isso não tem haver com justiça e sim com vingança. Escutem o grito da dor. Deus abençoe e tenha misericórdia de todos.”
Para o pastor Josué Gonçalves, há um movimento patrocinado pelas grandes empresas que visa promover uma “ideologia que é antifamília”.
“Agora de forma explícita estão usando a inocência das nossas crianças para promover a ‘ideologia de gênero’, que é uma afronta à família tradicional e à Palavra de Deus, onde diz que o Criador fez ‘macho e fêmea’”, disse ele nesta sexta.
“Nós cristãos não somos homofóbicos, respeitamos a decisão que os adultos tomam quanto a sua opção sexual, porém, reprovamos usar as crianças para propagar aquilo que Deus reprova”, destacou.