Igreja Presbiteriana nos EUA perdeu mais de 51 mil membros em 2021

A denominação também apresentou queda no número de congregações e clérigos.

Fonte: Guiame, com informações do The Christian Post Atualizado: quarta-feira, 27 de abril de 2022 às 13:40
A denominação também apresentou queda no número de congregações e clérigos. (Foto: Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana dos EUA).
A denominação também apresentou queda no número de congregações e clérigos. (Foto: Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana dos EUA).

A igreja Presbiteriana dos Estados Unidos perdeu mais de 51 mil membros em 2021, 100 congregações e quatro órgãos regionais, de acordo com o novo relatório da denominação, divulgado na segunda-feira (25).

A estatística anual da Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana revelou uma queda no número de membros ativos de 1,24 milhão em 2020 para 1,19 milhão em 2021. Assim como uma diminuição no número de congregações; de 8.925 para 8.813 no último ano.

A maior denominação presbiteriana nos EUA também perdeu clérigos, passando de 18.785 ministros em 2020 para 18.458 em 2021, representando um declínio de 372 ministros. O número de órgãos regionais, chamados de presbitérios, também caiu de 170 para 166 no ano passado.

Durante o anúncio do relatório anual, o secretário da Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana, J. Herbert Nelson, enfatizou que a perda de membros foi menor do que no ano anterior.

“Chegamos à conclusão de que nossa igreja foi mudada para sempre por esta pandemia”, explicou Nelson. “Mas este relatório mostra que, embora o número de membros ativos continue caindo, estamos vendo uma ligeira desaceleração no número de pessoas saindo”.

Aumento de conversões entre jovens

Embora tenha apresentado declínio em diversas áreas, os dados também mostraram que houve um aumento no número de conversões entre jovens e de reconciliações na denominação. 

De acordo com as estatísticas, as conversões de jovens aumentaram de 5.319 em 2020 para 5.708 em 2021 e as reconciliações subiram de 9.210 para 10.921.

Porém, o número de novos convertidos e reconciliados atuais está bem abaixo dos níveis vistos antes da pandemia da Covid-19. Em 2019, houve 9.023 profissões de fé de jovens e 21.408 reconciliação.

“O desafio para a Igreja Presbiteriana e outras denominações cristãs é alcançar e reter jovens, desenvolvendo novos líderes para a igreja de amanhã”, avaliou Nelson. “Estou encorajado a ver isso mudando e será imperativo que encontremos novas maneiras de ser igreja nos próximos anos”.

A denominação vem registrando declínio no número de fiéis e congregações nas últimas duas décadas. Em 2011, a igreja perdeu a marca de 2 milhões de membros ativos, enquanto em 2014, o número total de congregações caiu para menos de 10 mil.

Postura liberal em questões LGBT

Um dos fatores para o declínio é a postura da Igreja Presbiteriana cada vez mais liberal sobre questões LGBT, causando a saída de centenas de membros nos últimos anos. 

Em 2010, a igreja aprovou a ordenação de homossexuais não celibatários. Cinco anos depois, mudou sua definição de casamento de "um homem e uma mulher" para "duas pessoas, tradicionalmente um homem e uma mulher".

Em 2015, a denominação ordenou seu primeiro clérigo identificado como não-binário, no estado da Virgínia. 



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