A Justiça do Irã emitiu mandados de prisão contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e mais 30 pessoas de sua administração pelo bombardeio que matou o general Qassem Soleimani, em janeiro deste ano.
O governo persa pediu ajuda à Interpol na captura do presidente e dos demais cidadãos americanos, acusados de terrorismo e assassinato pela morte de Soleimani.
Qasem Soleimani foi morto em um ataque de drone ordenado por Donald Trump. (Foto: Reuters / BBC)
Ali Alqasimehr, promotor de Teerã, afirmou que Trump e mais outros 30, os quais o Irã acredita estarem envolvidos no atentado de 3 de janeiro que matou o general em Bagdá, são acusados de “assassinato e terrorismo”, segundo a agência de notícias estatal iraniana IRNA.
Segundo a emissora Al Jazeera, o promotor iraniano enviou à Interpol uma “notificação vermelha”, de nível mais alto para a instituição, exigindo a busca e apreensão dos indivíduos nomeados. A agência ainda não se pronunciou sobre o pedido de prisão.
Soleimani foi morto em um bombardeio americano no Aeroporto Internacional de Bagdá, capital do Iraque. Ele comandava a Força Quds, unidade especial do Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica.
Em reposta ao ataque contra Soleimani, o Irã bombardeou bases americanas no Iraque, criando uma enorme tensão diplomática. Durante o lançamento dos mísseis, o país persa derrubou por engano um avião da Ukraine International Airlines com 176 pessoas a bordo. Todas morreram.
A morte do militar mais poderoso do Irã e possível sucessor de Hassan Rohani como presidente também provocou revolta entre os iranianos e uma série de protestos contra os Estados Unidos. As manifestações abrandaram depois da confirmação de que um míssil iraniano havia derrubado o avião da companhia aérea ucraniana.