Uma marcha estudantil, realizada na capital do Chile, na última quinta-feira (9) terminou com confrontos violentos com a polícia e o ataque uma igreja católica, enquanto a radicalização do movimento estudantil do país tem se intensificado.
Estudantes universitários e do ensino médio no Chile estão cada vez mais desiludidos com o governo de esquerda da presidente Michelle Bachelet.
Eles acusam Bachelet de renegar uma série de promessas a respeito de reformas sociais e econômicas, além de expressarem sua revolta com o fracasso do governo em concluir uma revisão educacional planejada, que foi diluída devido a restrições orçamentais. O grupo prometeu mais protestos.
Ao final da marcha, da última quinta-feira, manifestantes mascarados entraram em uma igreja no centro de Santiago e destruíram a cruz 3 de metros de altura, com uma estátua de Jesus Cristo.
Gabriel Iturra, porta-voz da associação de estudantes 'CONFECH', disse que o ato foi "inadequado e cometido por um grupo marginalizado, com pouca compreensão dos princípios do movimento".
O Ministro do Interior do Chile Mario Fernandez, que assumiu o cargo na última quarta-feira, depois que o ministro anterior renunciou, também condenou a destruição da estátua.
"O que acabamos de ver é um sintoma muito preocupante do que algumas pessoas estão começando a fazer contra o nosso país", disse ele a repórteres.
Protestos estudantis também foram frequentes durante o último governo de centro-direita de Sebastián Piñera, terminando muitas vezes em confrontos com a polícia. Os protestos têm aumentado nas últimas semanas, acumulando pressão política sobre o governo de Bachelet.
No último mês, os estudantes fizeram um protesto dentro palácio presidencial do país, além de ocuparem e paralisaram dezenas de universidades e escolas de ensino médio em todo o país.