Na semana passada, uma nova pesquisa revelou o que médicos críticos da medicina transgênero vêm dizendo há anos – as drogas inibidoras da puberdade, administradas para casos de disfunção de gênero, retardam o crescimento ósseo.
O estudo divulgado pela revista científica PLOS One, que verificou os resultados de curto prazo da “eliminação” da puberdade, entre jovens de 12 a 15 anos com disforia de gênero, no Reino Unido, descobriu que os bloqueadores da puberdade não aliviam o sofrimento psicológico dos adolescentes.
Consequência – redução de crescimento
No total, 44 crianças foram submetidas ao tratamento experimental, na única clínica de gênero do Reino Unido. Ao completarem o processo do bloqueio químico da puberdade aos 16 anos, os pesquisadores descobriram “redução do crescimento” tanto na altura quanto na resistência óssea.
Pesquisas adicionais serão necessárias para dizer se “a situação dos ossos enfraquecidos são mesmo irreversíveis”, disseram os pesquisadores. “Em ambos os casos (altura e resistência óssea) houve algum crescimento, mas menos do que o esperado durante aqueles anos sem supressão hormonal”, afirma o artigo, publicado nove anos após o início da pesquisa.
Existe botão de pausa no corpo humano?
Em meio a uma visibilidade cada vez maior das políticas e legislações de identidade de gênero, ativistas transgêneros afirmam que tais drogas são um mero "botão de pausa" para permitir que as crianças tenham mais tempo para decidir se devem prosseguir com uma transição de gênero completa.
Essa transição inclui, além do tratamento hormonal, várias cirurgias cosméticas para que o corpo se pareça mais com o sexo oposto. Das 44 crianças, 43 decidiram pelo tratamento conhecido como “terapia hormonal cruzada”.
Vale destacar que um dos medicamentos utilizados é o Lupron, rotineiramente indicado para tratar câncer de próstata em homens e endometriose em mulheres.
Críticas de especialistas
O Dr. Michael Biggs, da Universidade de Oxford, criticou a metodologia do estudo e verificou que os jovens que foram rastreados não experimentaram “nenhuma melhora” na disforia de gênero. “Esperávamos uma grande resposta positiva ao placebo, já que essas crianças e seus pais estavam desesperados para obter os medicamentos”, disse.
Além disso, ele alertou que na clínica de gênero Tavistock, as crianças que foram tratadas relataram “automutilação com esses medicamentos específicos”, e as meninas, em particular, apresentaram problemas emocionais e insatisfação com seus corpos.
Até agora, o tratamento que é considerado “autônomo” não apresentou evidências objetivas de que os benefícios superam os riscos, como os próprios autores admitiram em seu planejamento estatístico. Lembrando que as consequências são IRREVERSÍVEIS, tanto para a sexualidade quanto para a fertilidade.
O endocrinologista pediátrico de Atlanta, Dr. Quentin Van Meter, protestou contra o tratamento: “Você está tirando cálcio dos ossos das meninas que não pode ser introduzido mais tarde; você as está colocando em risco de osteoporose. Além disso, você está tirando os ovários e testículos, que ainda não começaram a amadurecer até o estágio de fertilidade”, disparou.
Defesa da Clínica de Gênero do Reino Unido
Mesmo com todas as críticas, a diretora da Tavistock, Dra. Polly Carmichael, que fez parte do estudo, afirma que a pesquisa mostra que “a experiência do paciente com o bloqueador é globalmente positiva e não houve eventos adversos inesperados”.