Logo após tomar posse como prefeito de Londres (apenas 1 dia), Sadiq Khan foi ao seu primeiro evento oficial, neste domingo, no Reino Unido: uma cerimônia memorial do Holocausto Judeu. No dia anterior, o ex-prefeito londrino, Ken Livingstone - filiado ao Partido Trabalhista inglês - havia dado declarações controversas, afirmando que "Hitler era um sionista".
O prefeito recém-eleito jurou ser "um líder para todas as religiões na capital" e foi compareceu à cerimônia memorial do Holocausto judeu em Barnet esta tarde, ao lado do Rabino Chefe Efraim Mirvis.
A visita de Khan ao evento acabou ganhando um significado simbólico e também pode ser interpretado como uma crítica ao líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn - que tentou justificar as declarações de seu aliado.
O ex-prefeito não se fez presente na cerimônia oficial de posse de Khan, na Catedral de Southwark, a sudeste de Londres, no último sábado, em meio a alegações de que o novo governante estaria disposto a distanciar-se do líder trabalhista.
O líder do Partido Trabalhista tem sido criticado sobre sua resposta ao escândalo ligado a acusações de anti-semitismo, que abalaram o partido nas últimas semanas.
As declarações de Ken Livingstone sobre "Hitler e o sionismo" causaram ainda mais alvoroço no último sábado.
Corbyn foi forçado a suspender Livingstone, mas ele negou que o Partido Trabalhista tenha feito qualquer apologia ao anti-semitismo, apesar de uma quantidade notável de 19 pessoas terem sido suspensas da legenda por fazer comentários anti-semitas.
O comentário anti-semita da semana passada foi culpado pelo queda de popularidade dos trabalhistas nas áreas judaicas, incluindo Bury, onde o partido perdeu dois conselheiros.
Sadiq Khan foi um dos primeiros a solicitar que o líder do Partido Trabalhista suspendesse o ex-prefeito de Londres, Ken Livingstone acusando seu antecessor de anti-semitismo.