Uma mulher do Havaí conta na terça-feira (28) que caiu de joelhos e começou a gritar quando um helicóptero de resgate a viu em uma floresta, onde ela havia sobrevivido por duas semanas comendo vegetais e bebendo água corrente.
Amanda Eller disse que as tripulações de outros helicópteros não conseguiram vê-la durantes outras buscas.
Ela conta que, por causa das dificuldades e de sua localização, sobre um pequeno pedaço de rocha no topo de uma cachoeira, que seria difícil ser encontrada.
Dadas as circunstâncias, Amanda disse, em uma entrevista coletiva ao vivo de Maui, que seu resgate “foi um milagre”.
O mesmo grupo de voluntários que a encontrou na sexta-feira (24) estava procurando por um homem na mesma floresta, Noah Mina, que está desaparecido desde 20 de maio.
Amanda saiu no dia 8 de maio para uma caminhada de 5 quilômetros na Reserva Florestal de Makawao. Ela não pegou o celular e não tinha uma bússola.
A fisioterapeuta disse que seu coração estava dizendo a ela qual caminho seguir, mas quando ela tentou voltar por ele, acabou se perdendo.
Amanda Eller disse que normalmente está preparada até de forma “excessiva": carrega comida, água, protetor solar e um chapéu. Mas no dia em que se perdeu, ela não estava com nenhuma dessas coisas, disse ela.
Ela conta que seu momento mais sombrio foi no 14º dia na floresta, quando os helicópteros passaram e, mais uma vez, não a viram.
“Você perde a esperança”, disse Amanda. “Seu medidor de esperança diminui um pouco. E quando o sol começa a descer, você pensa: ‘OK. Outra noite sozinha, como vou ficar aquecida, como vou ficar viva?’”.
Ainda assim, Amanda disse que nunca se sentiu sozinha ou com medo. Ela pensou em sua família e escolheu viver.
Ela disse a si mesma: “Você pode sentar naquela pedra e você pode morrer. Você pode dizer misericórdia e sentir pena de si mesma e você pode ser uma vítima. Ou você pode começar a descer a cachoeira e escolher a vida”.
Solidariedade e oração
Amanda conta que quando soube do desaparecimento de Noah Mina fez uma oração por ele, que desapareceu em uma trilha perto de Wailuku, uma área era de mais difícil acesso do que o local onde ela estava.
“Eu envio todo o meu amor e todo o meu apoio para sua família e amigos e suas equipes de busca”, disse ela.
O pai de Mina, Vincent Mina, disse ao The Maui News que os socorristas encontraram os chinelos de seu filho a cerca de 500 metros acima do nível do mar. Localizaram pegadas, mas não tinham certeza se eram do seu filho.
Vincent Mina disse ainda que Chris Berquist e Javier Cantellops, o arborista e Ranger do Exército que liderou a busca de duas semanas por Amanda se reuniram com a família de Mina e foram levados de helicóptero no domingo para a área onde ele foi visto pela última vez.
Amanda disse que está ansiosa para voltar ao trabalho e cuidar de seus pacientes de fisioterapia. Ela disse que tem algumas lesões no tornozelo e o joelho dói, mas espera ficar de muletas apenas um mês.
“Eu sou tão grata por estar viva. Eu acordo de manhã e fico tipo, ‘Oh meu Deus, eu tenho uma cama quente para dormir. E meu corpo pode descansar e se curar. Grata por cada respiração. Grata por tudo. E eu espero nunca perder isso”, disse Amanda.