Uma mulher ficou conhecida como a “paciente do milagre” por funcionários de um hospital da Geórgia, nos Estados Unidos. Foram 59 dias em um respirador e 40 dias em coma induzido, além de sobreviver a um derrame cerebral.
Lisa Martin, de 49 anos, foi admitida em setembro no pronto-socorro do Memorial Satilla Health, na cidade de Waycross, devido a complicações da Covid-19. Em 31 de dezembro, ela finalmente recebeu alta e saiu do hospital aplaudida pela equipe médica.
Em 20 de outubro, Lisa estava em coma, sem avanços no quadro de saúde. Por isso, os médicos chamaram sua família para se despedir. “Eles decidiram esperar 11 dias antes de tomar a decisão de retirá-la do respirador, que estava respirando por ela. Mas Deus tinha outros planos”, diz o post do hospital no Facebook.
Ao fim dos 11 dias, Lisa rompeu os sedativos e começou a rastrear com os olhos o seu marido, Jeff Martin, com quem é casada há 29 anos.
Em 24 de outubro, ela foi transportada de helicóptero para o Memorial Health em Savannah, a quase 200 km. Chegando lá, Jeff foi informado que sua esposa não iria sobreviver e precisaria de um transplante de pulmão. Então ele respondeu: “Façam o que puderem e vamos pedir a Deus para fazer o resto!”
Em 14 de dezembro, Lisa foi transferida para o Memorial Satilla Rehabilitation para recuperar sua capacidade de usar os braços e as pernas. Na véspera de Ano Novo, ela finalmente foi para casa.
“Eu não consigo entender o que tudo aconteceu”, disse Lisa à revista People. “Estou chocada, mas entre todos os sentimentos avassaladores, sinto que isso é definitivamente uma coisa de Deus”, diz ela, acrescentando que “essa experiência me mostrou o quanto eu realmente sou amada”.
Lisa é mãe de quatro filhos: Madison, 27 anos, Harper, 25, Natalie, 22, e Jack, 19.
Madison contou à People que sua mãe está usando um andador e uma cadeira de rodas para ajudar em sua mobilidade e também tem uma cânula de oxigênio para ajudar seus pulmões. “Ela consegue comer, falar e fazer muitas coisas sozinha”, conta.
“Nossa família sempre teve uma forte fé cristã, mas passar por isso mudou nossas vidas para melhor”, ela continua. “Foi horrível para minha mãe pegar Covid, quase morrer e agora lutar para voltar a ter uma vida normal? Com certeza! Mas se Deus quis usar minha mãe como um exemplo de como manter a fé em meio às lutas e adversidades, então agradeço a Deus por usar minha mãe”.
Jeff quer que a história de sua esposa encoraje outras pessoas que podem estar enfrentando dificuldades parecidas. “Eu sei que os médicos podem tratar os pacientes clinicamente, mas a cura vem de Deus”, disse. “Estou grato por ela ter vivido, mas também estou muito ciente da dor de ver outras pessoas que perderam seus familiares para esta doença”.