O grave acidente envolvendo Pauline Holsopple, aos 29 anos, e seus dois filhos pequenos, Conrad e Tonya, se transformou em um grande testemunho do poder da oração.
Em setembro de 1972, mãe e filhos foram arremessados do interior do carro em um cruzamento em Fort Wayne, Indiana.
“Foi uma cena da qual ninguém deveria ter sobrevivido”, conta Teresa Aeschliman, irmã de Pauline, que testemunhou o milagre que Deus realizou na sua família.
Membro da igreja Círculo de Misericórdia e da Sociedade Menonita de Asheville, Teresa é autora do livro "What to Do When God Shows Up" (O que fazer quando Deus aparece”, em tradução livre).
Ela conta que aos 7 anos de idade pensou “seriamente em como Deus aparece”. E isso aconteceu graças ao milagre que Ele fez após aquele acidente.
“Mesmo com todas as histórias bíblicas sobre milagres, eu não esperava que Deus curasse minha irmã. Mas Deus é surpreendente”, diz.
Desde cedo, ela frequentava intensamente a igreja com sua família.
“E havia muitos cultos na igreja. Se as portas da Igreja Menonita de Sião estivessem abertas, nós estávamos lá: domingo de manhã, domingo à noite, quarta-feira à noite, escola dominical, escola bíblica de verão, estudo bíblico, grupos de jovens, igreja infantil. Tudo com a programação habitual de leituras bíblicas, histórias bíblicas, hinos e, claro, orações”, relata.
O acidente
Após o acidente, Pauline e as crianças foram levadas ao pronto-socorro. Depois de atender as crianças o médico as mandou para casa para se curarem. Mas Pauline precisou ser internada pois tinha vários ossos quebrados.
“O que parecia ser uma longa recuperação para Pauline piorou quando os médicos descobriram que seu baço havia estourado durante o acidente”, conta Teresa.
“A cirurgia de emergência revelou a extensão dos danos. Por dentro, o corpo de Pauline era um desastre de trem, disseram os médicos”.
“Ela saiu da cirurgia em coma, com suporte vital e com atestado de óbito necessitando apenas de data e hora”, diz.
Orações por toda a parte
Teresa conta que as orações por Pauline estavam por toda parte, com sinceridade.
“Orações por telefone, em círculos, de mãos dadas, de joelhos, na igreja, no carro, no saguão do hospital e na capela, com todos os familiares.
Teresa diz que as pessoas estavam orando o tempo todo, em todos os lugares.
“Anúncios para orar foram feitos em todas as igrejas menonitas da região. As aulas da escola dominical e os grupos de estudo bíblico estavam orando”, lembra.
Mas Teresa não melhorava, porém a comunidade de fé não desanimava: “À medida que a esperança diminuía, as orações se intensificaram. Pauline foi entregue nas mãos de Deus e um culto de unção especial por ela”.
Embora a cura pudesse ter sido o objetivo do culto de unção, a entrega era o foco. “Quando nos reunimos, ficou claro, mesmo para mim aos 7 anos, que a vontade de Deus era o único desejo.”
“Enquanto nos reunimos em oração, ungimos e entregamos Pauline a Deus, a família visitou sua cabeceira pelo que provavelmente seria a última vez”, lembra.
Pequenos sinais se tornam milagre
No entanto, Teresa diz que cada pessoa que saia do quarto relatava ter visto um pequeno sinal de vida: uma pálpebra que tremeu, um dedo que se moveu e parecia haver um leve arrepio em seu corpo. E foi aí que tudo mudou!
“Na manhã seguinte, Pauline não estava mais em coma. Na semana seguinte, ela foi retirada do aparelho de suporte vital e voltou para casa”, conta Teresa. “Os médicos perplexos disseram que ela ficaria completamente recuperada”.
“Deus apareceu em grande estilo através da cura do corpo de Pauline”, afirma.
“Estarmos juntos aos amigos e familiares da igreja enquanto orávamos, cantávamos, líamos as Escrituras, cozinhávamos, assávamos, limpávamos, tomamos conta de crianças, contávamos histórias, coloríamos gravuras, jogávamos, procurávamos brinquedos perdidos, colocamos as crianças na cama – tudo isso deixou uma impressão duradoura de Deus em ação”, diz.
“A fé se manifesta e faz o que for necessário, mesmo quando o necessário é sentar-se silenciosamente com alguém enquanto eles choram. Esses são os pequenos milagres que sustentam a fé”, explica.
Teresa diz que aquela experiência aos 7 anos foi o alicerce de sua fé como adulta. “E esse grande milagre da cura sempre será uma característica central. Mas também será trazido para a vida de fé dos adultos ao meu redor”.
“Decoramos nossa fé com histórias e versículos da Bíblia, hinos e cânticos, orações e liturgias. Contamos com a sabedoria e a tradição para nos apontar o caminho mais fundo no mistério. Embora Deus não resida nessas decorações e rotinas, elas nos ajudam a lembrar que Deus está em cada momento. Deus está em tudo o que fazemos”, afirma.
Oração é a fórmula
Teresa diz que é tentador abordar a oração como uma fórmula para conseguirmos o que queremos de Deus. Mas não deve funcionar assim.
“Em vez disso, a própria oração pode ser o milagre: nos aquietarmos, sozinhos ou reunidos com outros, e reconhecer o mistério que é Deus. Um Deus que deseja estar em relacionamento conosco.”
“Deus aparece nas pequenas coisas – um sorriso, um abraço, uma risadinha, um bilhete, um desenho, convidando alguém para participar. Esses pequenos atos podem ser o milagre que outra pessoa precisa. Isto é o que nos leva a aprofundar o relacionamento”, diz.
Mas Teresa mostra que também existem grandes milagres e essas histórias precisam ser contadas.
“Não importa em que fase da vida estejamos, ou que alegria ou trauma enfrentemos, sempre podemos nos perguntar: O que eu faço quando Deus aparece?”
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