Margo Carl foi ao pronto-socorro em uma manhã de fevereiro de 2013, depois de acordar com “visão dupla”. Depois de uma bateria de exames, ela foi diagnosticada com um tumor cerebral e esclerose múltipla.
O neurocirurgião disse que o tumor precisava ser removido, mas orientou que Margo esperasse os sintomas da esclerose múltipla diminuírem — as lesões nos nervos provocadas pela doença causam distúrbios na comunicação entre o cérebro e o corpo.
Enquanto isso, seu marido, Joe, a família e os membros da igreja Life360, oravam por sua cura. Ao longo de um ano, exames de tomografia e ressonância magnética mostraram as lesões no cérebro de Margo encolhendo até desaparecerem completamente.
Em agosto de 2014, o médico de Margo removeu oficialmente os dados da esclerose múltipla de seus registros médicos. “O Senhor inverteu poderosamente seu diagnóstico”, disse o pastor Dalton A. Avery à AG News.
Embora Margo tenha sido curada da esclerose múltipla, o tumor não se dissipou. Em março de 2014, ela foi submetida a uma craniotomia — remoção cirúrgica de parte do osso do crânio. Ela perdeu o sentido do paladar e do olfato por causa de um nervo removido, mas não sofreu efeitos nocivos e voltou a trabalhar em cinco semanas e meia.
Ela e seu marido enfrentaram uma nova provação em janeiro de 2018, quando sua única filha, Jessica, de 26 anos, teve complicações relacionadas à Síndrome de Guillain-Barré, que também afeta o sistema nervoso. A jovem passou 7 semanas e meia hospitalizada, com paralisia no rosto, nas pernas e nos pés.
“Ainda estou aprendendo com tudo isso, filtrando tudo o que acontece na minha vida e confiando na bondade de Deus”, disse Margo. “Mesmo quando Deus não está falando, quando não vejo nada acontecendo do lado de fora, eu busco ter total confiança de que Ele está trabalhando”.
Margo lembra que costumava separar as fases boas e ruins da vida. “Hoje eu percebo que essas fases coexistem. Mesmo na escuridão, podemos ver a luz de Deus”, destaca.
Em outubro de 2016, Margo e Joe participaram de uma viagem missionária que confirmou seu chamado para o trabalho missionário em tempo integral. No ano passado, o casal passou a trabalhar para a organização Live Dead, um movimento de plantação de igrejas entre povos não alcançados, ligado à Assembleia de Deus dos Estados Unidos.
“Não esperávamos nos tornar mestres neste ponto das nossas vidas”, afirmou Margo. “Embora eu não tenha o quadro completo, posso ver a mão de Deus me preparando para o trabalho que Ele ainda tem para fazer”.