Uma adaptação do musical “The Lord's Prayer” ("A Oração do Senhor”, em português) tem sido cantada pelos alunos na formatura do colégio East Liverpool, no estado norte-americano de Ohio, há quase 70 anos.
"É uma tradição", disse a diretora do coral, Lisa Ensinger, que entoa a canção desde que se formou na escola, em 1986.
No entanto, o tradicional hino deixará de fazer parte da celebração devido às ações intolerantes de ateus, agnósticos e pensadores livres de outro estado do país, Wisconsin.
A organização ateísta “Freedom From Religion Foundation” (“Fundação Livre de Religião”, em tradução livre) enviou uma carta ao distrito escolar alegando pessoas se queixaram ao ouvir a canção nas formaturas de 2015. O grupo alega que a escola vai contra a lei quando promove uma religião, e pediu que as canções religiosas deixassem de ser cantadas nas próximas graduações.
Com as opções de atender ao pedido dos ateus ou enfrentar uma batalha judicial, o distrito escolar optou por abandonar a prática do musical religioso. Diante da decisão, o superintendente do distrito não quis se pronunciar.
A nova proibição afetou os alunos e o programa de música da escola. "Quebrou meu coração. Nossos estudantes estão realmente tristes", disse Lisa. "Não é importante apenas para mim por causa da minha fé, é importante para mim como educadora."
A professora tentou convencer a diretoria da escola a reconsiderar a proibição. "É uma tradição. É uma grande música. É uma peça fantástica que agrega grande valor à educação musical, e agora já não está mais autorizada a ser reproduzida na formatura", lamentou Lisa.
“Como pode uma professora de música ensinar a história da música sem incluir a música sacra? Se eles estão proibindo a música cristã, qual será a próxima proibição?”, questionou Todd Starnes, apresentador do programa "Fox News & Commentary" ao site Charisma News.
“Não importa se isso mexeu com as emoções de Lisa. Não importa se a multidão tenha aplaudido seu discurso. Não importa se a liberdade religiosa não signifique liberdade de religião. O distrito escolar baniu ‘nossa arte que está no céu’ apenas porque uma pessoa anônima supostamente se queixou”, lamentou Todd.