O deputado federal Nikolas Ferreira usou a tribuna da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (05), para expor uma decisão judicial em que foi condenado por homofobia.
De acordo com o parlamentar, ele recebeu uma multa no valor de R$ 30 mil por chamar um transexual pelo pronome ele.
O deputado disse que sabia que “esse dia ia chegar, onde a verdade não é mais aquilo que você vê, é aquilo que o interlocutor te impõe”.
Ao justificar sua pauta contra a ideologia de gênero, Nikolas Ferreira disse que a questão não é “deixar as pessoas serem o que quiserem”, mas o desejo da pessoa não pode se tornar um ensejo de direitos e deveres para o outro.
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Segundo o deputado, a pessoa que o processou apresenta diversos casos na justiça como “conseguir licença maternidade”.
E mencionou outra situação em que a mesma pessoa processou um salão de beleza porque uma profissional se recusou a fazer sua sobrancelha, alegando que só sabia fazer sobrancelha feminina.
‘Eles estão atrás de você’
Nikolas afirma que é preciso defender essa pauta não por ser preconceituoso, mas “porque no final das contas eles não estão atrás de mim. Eles estão atrás de você, porque se eles conseguem amordaçar, calar, tentar desencorajar um deputado que tem imunidade parlamentar, o que eles não irão fazer com você, pastor?”.
“Dizer que eu discordo de um comportamento sexual é considerado homofobia? Eu sou um criminoso por isso?”, questionou.
“Então, é necessário colocar na cadeia mais de 80% da população brasileira, porque eu tenho certeza de que a maioria da população brasileira está comigo, de que o homem, por exemplo, deve ir ao banheiro masculino e que mulher deve ir ao banheiro feminino”, disse.
‘Defesa óbvia da realidade’
O deputado mineiro falou que parece ser necessário ter de fazer uma “defesa da realidade óbvia”.
Ele cita o teólogo inglês G. K. Chesterton, ao dizer que “um dia seria necessário você desembainhar uma espada para poder provar que a grama é verde.”
Nikolas falou que não sente vergonha de ter sido condenado. “Eu sei que aqueles que perseguem a verdade, serão perseguidos por coisas injustas”.
“A discussão aqui não é sobre homossexualidade”, disse o parlamentar, “a discussão aqui é sobre o ativismo LGBT que tem tentado calar e amordaçar qualquer um que se opõe”.
‘Chegará na igreja’
Cristão evangélico, Nikolas alertou que isso um dia chegará na igreja, porque se um homossexual que se sente homem decidir ir ao banheiro de homem, não poderá ser impedido: “Caso contrário a tua igreja, o teu pastor, será condenado por isso”.
As consequências do princípio da ideologia de gênero e do ativismo LGBT são muito perigosos, afirmou o deputado.
“Aquilo que eu me sinto, eu me torno. Isso é muito perigoso. Eu não posso fazer com que aquilo que eu me sinto se torne um dever para o outro”.
“Nós, como adultos, precisamos defender a verdade. E não vai ser pressão de multa, pressão com dinheiro, que vai fazer com que eu pare de dizer a verdade”, destacou.