A situação é tensa no Oriente Médio devido aos rumores de um ataque do Irã contra Israel. Devido aos riscos, a companhia aérea Lufthansa suspendeu seus voos para Teerã, conforme notícias da Reuters.
Uma agência de notícias iraniana publicou um relatório em árabe na plataforma de mídia social X (antigo Twitter) dizendo que todo o espaço aéreo sobre Teerã havia sido fechado para exercícios militares, mas depois removeu o relatório e negou ter divulgado tal notícia.
Israel bloqueou o sinal de GPS em grandes cidades para evitar possíveis ataques iranianos. Os EUA também estão em alerta desde o início de abril, quando aviões de guerra israelenses foram acusados de bombardear o complexo da embaixada iraniana na Síria.
Ameaças entre Irã e Israel
O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, disse que Israel “deve ser punido e será” pelo ataque, que matou sete membros do Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana, entre eles um comandante sênior de sua unidade de elite no exterior, a Força Quds.
Israel, que lançou uma guerra na Faixa de Gaza, há seis meses, contra o Hamas apoiado pelo Irã, não confirmou estar por trás do ataque a Damasco, mas o Pentágono afirmou que sim.
Numa aparente resposta a Khamenei, o Ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, disse que Israel responderia se o Irã o atacasse a partir do seu próprio solo.
Os Estados Unidos e seus aliados acreditam que grandes ataques com mísseis ou drones por parte do Irã ou de seus representantes contra alvos militares e governamentais em Israel são iminentes, informou a Bloomberg na quarta-feira (10), citando fontes de segurança dos EUA e de Israel.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, numa chamada com o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, deixou claro que os EUA apoiariam Israel contra quaisquer ameaças do Irã, disse o Departamento de Estado.
Transtorno entre os israelenses
Como o exército israelense interrompeu os sinais de GPS em várias cidades, incluindo a região metropolitana de Tel Aviv e Jerusalém, houve grandes transtornos na vida cotidiana.
Os moradores que utilizam aplicativos de mapas como o Google Maps ou Waze para se deslocarem em Tel Aviv disseram que os seus aplicativos mostravam que estavam na capital libanesa, Beirute, ou em Cairo, no Egito.
Muitas pessoas compartilharam também nas redes sociais que tiveram pagamentos online bloqueados, além de suas entregas e os carros de aplicativo, conforme notícias da CNN.
Apesar dos transtornos, no entanto, a motivação do exército israelense quanto à interrupção dos sinais de GPS tem como objetivo impedir ataques de mísseis e drones que podem ser disparados pelo Irã ou por grupos terroristas apoiados pelo país.