Pão de Santa Ceia de 1.300 anos com imagem de Jesus é encontrado na Turquia

Uma fornada de cinco pães queimados, datados entre os séculos 7 d.C. e 8 d.C., foi encontrada na cidade de Karaman.

Fonte: Guiame, com informações de Revista Galileu e UOLAtualizado: segunda-feira, 13 de outubro de 2025 às 14:35
O pão com a imagem de Jesus. (Foto: Governo de Karadan).
O pão com a imagem de Jesus. (Foto: Governo de Karadan).

Uma fornada de cinco pães queimados, produzida entre os séculos 7 d.C. e 8 d.C., foi encontrada na cidade de Karaman, na Turquia.

 A descoberta foi feita por uma equipe de arqueólogos no sítio arqueológico de Topraktepe e divulgada na última sexta-feira (10).

Quatro dos pães estão marcados com cruzes. Um pão tem a imagem de Jesus Cristo como agricultor com a inscrição em grego: "Com a nossa gratidão a Jesus abençoado".

De acordo com o Greek City Times, a frase representa a dependência da comunidade local em relação à agricultura, que reconhecia a bênção de Deus sobre o seu trabalho e seu sustento.

Segundo os pesquisadores do Museu de Karaman, os alimentos — que se preservaram por ficarem soterrados — eram usados nas cerimônias de Santa Ceia dos cristãos locais da época.


Os pães com marcas de cruz. (Foto: Governo de Karadan).

Para os arqueólogos, a inscrição em grego no pão revela o legado helenístico e grego-bizantino na região, sugerindo que a cidade de Karaman, na época chamada Eirenópolis, tenha sido um centro cristão com tradições litúrgicas gregas no primeiros séculos depois de Cristo.

Em Eirenópolis, o idioma e a cultura grega eram predominantes. O nome da província significava “Cidade da Paz” e se acredita que tenha sido estabelecida durante o período helenístico ou na era romana, quando a língua e a cultura grega se espalharam pelo mundo.

A descoberta arqueológica, que estava bem preservada, é uma amostra dos costumes cristãos da região, mostrando que a fé fazia parte do cotidiano dos moradores e revelando o papel do pão como alimento básico e símbolo cultural da sociedade.

Os pães continuam sendo analisados pelos especialistas. Eles acreditam que com novas pesquisas poderão compreender melhor o desenvolvimento do cristianismo na região.

 

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