Um estudo recente mostrou que pequenos grupos aumentam a frequência dos membros de uma igreja nos cultos.
A pesquisa da Lifeway Research, realizada entre maio e junho deste ano, nos Estados Unidos, concluiu que grupos de estudos bíblicos continuam sendo relevantes para o discipulado na maioria das igrejas.
O pesquisadores entrevistaram 1.021 líderes degrupos de estudo bíblico e descobriram que as denominações usam nomes variados para se referir ao ministério. 56% usam o termo “Escola Dominical”, 72% chama de “estudos bíblicos”, 39% dizem “pequenos grupos”, 13% utilizam “comunhão bíblica”, 13% dizem “grupo de vida” e 10% usa o nome “grupos de conexão”.
"Quando se trata de grupos de estudo da Bíblia, é menos sobre o nome que damos ao ministério e mais sobre o que os grupos realmente fazem", comentou Ken Braddy, diretor da Escola Dominical e parcerias de rede da Lifeway.
"Se um grupo aprende e obedece à Palavra de Deus, convida outros a seguir Jesus, forma relacionamentos mais profundos e se envolve em atos de serviço dentro e fora da igreja”.
Propósitos dos grupos
Em relação ao propósito do grupo, 46% dos líderes responderam que é o estudo da Bíblia, para 16% é capacitar membros, 14% dos líderes citaram a adoração, 12% disseram que é comunhão, para 7% é para o serviço ministerial e 5% mencionaram o evangelismo.
Conforme o estudo, em média, as igrejas têm sete grupos de estudo bíblico para adultos, com cerca de 69 participantes todas as semanas.
Na maioria das igrejas (44%), cerca de 2 a cada 5 membros participam de um pequeno grupo e dos cultos.
A pesquisa revelou que participar de um grupo de estudo bíblico incentiva os membros a frequentar mais as reuniões de adoração.
"O envolvimento no culto e em pequenos grupos não está em competição. Estudos mostraram que a participação em estudos bíblicos em andamento reforça a frequência ao culto", pontuou Scott McConnell, diretor executivo da Lifeway Research.
"Quanto maior a porcentagem de uma igreja de participantes do culto de fim de semana envolvidos em um pequeno grupo, classe da Escola Dominical ou grupo semelhante, maior a probabilidade de crescimento da frequência ao culto em um período de 5 anos", explicou.
Discipulado e comunhão
Quase todos os líderes entrevistados (93%) afirmaram que seus grupos se reúnem pelo menos uma vez por semana.
“A maneira como as igrejas escolhem operar seus grupos contínuos de adultos se encaixa em seu foco", disse McConnell.
"Os líderes dos ministérios de grupos de adultos priorizam o estudo da Bíblia, os relacionamentos e o discipulado intencional como objetivos dos grupos em andamento. Não é de surpreender que esses grupos se reúnam com frequência, se separem com pouca frequência e permaneçam juntos, reforçando seus objetivos de viver em relacionamentos de fazer discípulos”, acrescentou.
Os pequenos grupos são organizados por estudo temático (45%), faixa etária (31%), estágio de vida (29%), sexo (28%), afinidade ou interesse em comum (22%) e 10% pela localidade geográfica.
Nove em cada dez líderes disseram que não colocam limite no número de participantes de seus grupos. Entretanto, conforme especialistas, pequenos grupos que crescem devem ser divididos em novos grupos.
“As igrejas seriam sábias em encorajar fortemente os grupos a permanecerem de pequeno a médio porte", disse aconselhou Ken.
"É mais fácil recrutar novos líderes de grupo porque grupos maiores são intimidantes para liderar. O discipulado acontece melhor dentro de um grupo menor de pessoas. Jesus tinha um grupo de 12 e um grupo interno de três. E os membros do grupo geralmente têm relacionamentos mais profundos em grupos menores porque são conhecidos. É difícil se esconder à vista de todos, mas as pessoas podem desaparecer em grupos maiores”, esclareceu.