A polícia israelense usou granadas de efeito moral e gás lacrimogêneo contra palestinos que atiravam pedras contra as forças de Israel e se esconderam dentro de mesquita de al-Aqsa, em Jerusalém durante os últimos três dias.
Um dos conflitos mais recentes aconteceu pouco antes das festas do ano novo judaico ("Rosh Hashaná"), no último domingo (13).
O impasse levou a crescentes tensões internacionais. A Casa Branca pediu que ambas as partes "dessem provas de contenção e se abstenham de ações provocativas e retóricas", enquanto o rei Abdullah da Jordânia disse que as ações israelenses eram provocantes e poderiam colocar em perigo os laços de paz entre os países.
O que há de tão especial sobre a mesquita al-Aqsa?
A mesquita está situada no Monte do Templo, também conhecido como o Haram al-Sharif - um sagrado local para judeus e muçulmanos. Na tradição judaica, é o lugar onde Deus ajuntou o pó para formar Adão. Acredita-se também que seja o lugar onde Abraão amarrou seu filho Isaque para o sacrifício e onde estavam situados os templos de Herodes e de Salomão. Muitos judeus não andam sobre a região por medo de acidentalmente invadir o Santo dos Santos. Para os muçulmanos, é o terceiro local mais sagrado do mundo, a localização da ascensão de Maomé para o céu. Há três antigas estruturas muçulmanas na região: o Domo da Rocha, a cúpula da Corrente e da mesquita de Al-Aqsa, originalmente construída em 705 D.C.
Quem é responsável pela área agora?
Israel retomou o controle da Cidade Velha de Jerusalém e da área do Monte do Templo na Guerra dos Seis Dias, em 1967. A região logo se tornou um ponto de conflito. Sob os termos do tratado de paz entre Israel e Jordânia, o Monte permanece sob custódia da Jordânia. Os judeus israelenses podem entrar no complexo, mas não podem orar ou realizar cerimônias religiosas por lá.
Após os conflitos, as regras vão mudar?
O Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu diz que não. Ele afirma ser a favor do status quo e diz que ele está ansioso acabar com os conflitos.