O presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, anunciou que o país se tornará a capital pró-vida da América Latina. A declaração foi feita durante um evento do Institute for Women's Health, uma organização pró-vida, em Washington, Estados Unidos, na semana passada.
Em discurso, Alejandro falou sobre sua intenção de fazer seu país uma capital símbolo do movimento pró-vida, em março de 2022. “Todo indivíduo merece ter sua vida protegida, desde a concepção até a morte natural. É totalmente falso que o aborto seja um direito humano. Qualquer esforço para tentar impor o aborto em um país é uma interferência indevida nos assuntos internacionais”, afirmou.
“Procuramos proteger a vida e evitar interferências”, acrescentou. “Não aprovamos o aborto por causa da minha fé, mas também por causa da minha profissão de médico. A vida deve ser protegida desde a concepção”.
Segundo Aaron Lara, presidente do Congresso Ibero-Americano pela Vida e Família, a declaração da Guatemala como a capital pró-vida da América Latina será realizada junto com a inauguração de um monumento para marca o dia histórico.
A iniciativa da Guatemala acontece num momento em que o país reforça seu apoio ao movimento pró-vida. No ano passado, o presidente Alejandro retirou a nação de um acordo, que permitia o Planned Parenthood operar no país. “Não endossarei em meu governo a criação, registro ou início de qualquer organização que atente contra a vida”, declarou Giammattei na ocasião.
Um país em defesa da vida
No início deste ano, a Guatemala aderiu à Declaração de Consenso de Genebra sobre a Promoção da Saúde da Mulher e o Fortalecimento da Família, um documento assinado por cerca de 30 países, declarando que “não existe direito internacional ao aborto”.
“A adesão da Guatemala hoje ao Consenso de Genebra é uma mensagem clara à comunidade internacional de que muitos países reconhecem que existe um direito fundamental, um direito humano, à vida que deve ser garantido e defendido. E que qualquer reivindicação de que já é um consenso internacional a favor do aborto, como alguns lamentavelmente alegam, é totalmente falso”, afirmou Giammattei na cerimônia de assinatura do Consenso de Genebra.
No evento, o presidente ainda criticou que o aborto seja considerado por muitos como um direito humano. “Sem uma base legal, antropológica ou científica, algumas correntes de pensamento fazem supostos direitos, que nada mais são do que a negação dos verdadeiros direitos inerentes à pessoa”, advertiu.