Teólogo esclarece que a vacina contra a Covid-19 não é a ‘marca da besta’

O teólogo Hank Hanegraaff diz que é um engano acreditar que a marca da besta seja uma vacina.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: terça-feira, 21 de julho de 2020 às 18:49
Rumores de que a vacina da Covid-19 seja a marca da besta são esclarecidos por teólogos. (Foto: ONU/Loey Felipe)
Rumores de que a vacina da Covid-19 seja a marca da besta são esclarecidos por teólogos. (Foto: ONU/Loey Felipe)

O teólogo Hank Hanegraaff, apresentador do programa “Bible Answer Man” nos EUA, disse que a vacina contra a Covid-19 não é a marca da besta, em resposta a comentários feitos por Kanye West.

Em entrevista a revista Forbes, o rapper disse que é “extremamente cauteloso” sobre a vacina contra o coronavírus. “Essa é a marca da besta”, disse ele. 

“Eles querem colocar chips dentro de nós, querem fazer todo tipo de coisa para nos impedir de atravessar os portões do céu”, acrescentou. “O mais triste é que nem todos conseguiremos chegar ao céu, que haverá alguns de nós que não conseguirão”.

Em seu programa, exibido em 15 de julho, Hanegraaff disse que esta interpretação das Escrituras é “tão enganosa quanto perigosa”.

“Digo isso porque, biblicamente, a marca da besta é simbólica. É muito óbvio que é uma paródia da marca do cordeiro”, enfatizou. “A interpretação bíblica é importante. Se interpretarmos a Bíblia incorretamente, pensaremos que a Bíblia é um monte de bobagens”.

“A marca em Apocalipse 13 simboliza a identidade com a besta. Sendo assim, se identificar com o reino de Satanás é o que vai te manter fora do céu, e não ser vacinado”, esclarece o teólogo. 

Ele esclarece ainda que, na realidade, a marca na testa ou na mão direita “são símbolos do Antigo Testamento sobre as crenças e comportamento” das pessoas.

Um exemplo disso está em Êxodo 13:19, segundo Hanegraaff, quando a Bíblia diz que o consumo do pão sem fermento seria “como sinal em sua mão e memorial em sua testa”. “E assim, a marca da besta em Apocalipse está firmemente amarrada às Escrituras”, afirma.

Sendo assim, o teólogo acredita que a marca da besta não seja uma vacina ou um microchip. “Ter a marca da besta é negar intencionalmente nos pensamentos, nas palavras e nas ações o senhorio de Jesus Cristo”.

Em vez de temerosamente evitar vacinas, os cristãos devem, com “temor e tremor, resistir à tentação de se conformar com os sistemas malignos deste mundo”, disse Hanegraaff.

“Apaixone-se novamente pela Palavra de Deus, em vez de se apaixonar pelas palavras dos ícones sociais”, ele aconselhou. “Que tal aceitar em alta voz a marca do cordeiro? Que tal oferecer seu corpo como sacrifício vivo, sendo transformado pela renovação de sua mente?”

Seguindo a mesma linha de interpretação da Bíblia, o estudioso Matthew Halstead avalia que a marca da besta não é “um procedimento médico” ou uma “marca física ou visível”.

“Ao contrário de algumas teorias assustadoras, que no passado ganharam força em alguns círculos evangélicos, a marca não é algo que possa ser acidentalmente tomada”, disse ele. “Por quê? Porque a marca da besta (Ap 13:16-18) é uma marca que está intimamente ligada à adoração à besta (Ap 13:12, 15; 19:20; 20:4). Assim, a marca da besta é uma marca de lealdade e devoção à besta”.

“Portanto, você não precisa temer receber a marca da besta tomando uma vacina — a menos que, é claro, planeje tratá-la como uma espécie de expressão simbólica ou ‘sacramento profano’ da sua rejeição intencional e pública da fé cristã que você despreza. Se esse é você e esse é o seu plano, então não é a vacina que é o problema”.

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