O Reino Unido anunciou nesta quarta-feira (2) que vacinará sua população contra a Covid-19 a partir do início da próxima semana. Com isso, o país se tornou o primeiro do mundo a aprovar o uso da vacina Pfizer-BioNTech.
"O governo aceitou hoje a recomendação da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) independente para aprovar a vacina contra a Covid-19 da Pfizer-BioNTech para uso", disse o governo.
"A vacina estará disponível em todo o Reino Unido a partir da próxima semana", segundo anúncio.
A Pfizer afirmou que a autorização de uso emergencial da Grã-Bretanha marca um momento histórico na luta contra a Covid-19.
"Essa autorização é uma meta pela qual temos trabalhado desde que declaramos que a ciência vencerá, e aplaudimos a MHRA por sua capacidade de conduzir uma avaliação cuidadosa e tomar medidas oportunas para ajudar a proteger o povo do Reino Unido", disse o CEO Albert Bourla.
"Conforme antecipamos novas autorizações e aprovações, estamos focados em agir com o mesmo nível de urgência para fornecer com segurança uma vacina de alta qualidade em todo o mundo."
O secretário de Saúde Matt Hancock disse que o programa começará no início da próxima semana. Os hospitais, disse ele, já estão prontos.
"É uma notícia muito boa", disse Hancock.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse que a aprovação da vacina contra o coronavírus da parceria Pfizer e BioNTech vai resgatar vidas e a economia do país.
“É a proteção das vacinas que vai finalmente nos trazer de volta às nossas vidas e fazer a economia andar novamente”, escreveu em uma rede social.
O Reino Unido anunciou que um primeiro lote com 10 milhões de doses será disponibilizado pelo NHS, serviço público de saúde britânico, ainda em 2020. Profissionais da saúde estarão entre os primeiros a serem vacinados – as campanhas acontecerão em hospitais, por conta do armazenamento do imunizante.
Brasil
Plano de vacinação brasileiro não prevê uso de imunizantes que exijam baixíssimas temperaturas de armazenamento, como é o caso do da Pfizer.
Na terça-feira (1º), o secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Arnaldo Medeiros, disse que o governo brasileiro deseja um imunizante que possa ficar armazenado em temperaturas de 2ºC a 8ºC, pois essa é a temperatura da rede de frio usada no sistema de vacinação brasileiro.
Em entrevista à GloboNews, o infectologista e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) Renato Kfouri comemorou a aprovação e disse que é um marco na história do desenvolvimento de vacinas – mas também reconheceu o armazenamentoe transporte da vacina como um desafio.
"Uma das limitações é o transporte, por conta do congelamento, mas o fabricante tem estudado alternativas, com gelo seco, em que ela pode ficar fora de freezers por até 15 dias", disse Kfouri.
O especialista disse que o preço também pode ser um impeditivo para a aplicação em massa no país, uma vez que a vacina da Pfizer é, segundo estimou, até 5 vezes mais cara que a vacina de Oxford, que será produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
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