O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (27) a morte do líder do grupo Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al Bagdadi, durante uma operação militar americana no noroeste da Síria.
De acordo com o presidente americano, a missão noturna foi “perigosa e desafiadora”. Trump elogiou todos os envolvidos na operação e disse que assistiu boa parte dela em tempo real.
“Não perdemos nenhum homem, enquanto boa parte dos companheiros e soldados de Bagdadi foram mortos com ele”, informou.
O presidente disse que o líder morreu após ter sido encurralado em um túnel, onde, sem perspectiva de escapar, acionou um colete com explosivos. Bagdadi morreu junto com três de seus filhos pequenos que estavam com ele.
Em vídeo, gravado após a morte do líder, Trump denominou o EI como “a mais cruel e violenta organização terrorista em todo o mundo”. O presidente citou nominalmente os americanos mortos pelo EI, chamando de assassinatos hediondos.
Trump lembrou ainda o assassinato do piloto jordaniano Muaz al-Kasasbeh que, em 2015, foi colocado em uma jaula e queimado vivo publicamente.
Ele disse que os EUA procuram Bagdadi por muitos anos e capturar ou prendê-lo era prioridade número 1 de segurança nacional de seu governo.
“O bandido que se esforçou tanto para intimidar os outros passou seus últimos momentos em pânico, medo e completo pavor”, disse o presidente americano sobre Bagdadi, que “estava foragido há muitos anos”, mesmo antes de ele chegar à presidência.
Segundo Trump, os EUA tiveram a colaboração da Rússia, Turquia, Síria e Iraque. Ele disse que as forças americanas capturam materiais e informações que serão úteis pois descrevem a origem do EI e quais seriam seus planos futuros.
Citando o recente assassinato pelos americanos de Hamza Bin Laden, filho do líder da Al-Qaeda Osama Bom Laden, também assassinado por uma operação dos EUA, Trump disse que o país empreende uma “perseguição incansável” atrás de líderes terroristas.
Em março os EUA anunciaram a derrocada do EI, durante incursão na Síria. A operação fez parte de uma estratégia conjunta americana entre as forças de segurança iraquianas e as Forças Democráticas da Síria (SDF).
A execução de cristãos degolados no Egito e na Líbia, o genocídio e assassinato em massa dos Yazidis, as conversões religiosas forçadas também foram atividades do grupo descritas por Trump, que o classificou entre “as mais depravadas organização da história do nosso mundo”.
“Terroristas que oprimem e assassinam pessoas inocentes jamais devem dormir tranquilo”, disse.
“Esses monstros selvagens não escaparão de seu destino e não escaparão do julgamento final de Deus”, disse Trump, que prometeu continuar a perseguir os terroristas do EI que ainda restam até o seu “fim brutal”, assim como demais organizações que têm o mesmo objetivo.