Daniel Romanchuk, de 22 anos, é o atual campeão mundial da cadeira de rodas na prova dos 800m masculino e tem dominado as maratonas de cadeira de rodas desde 2019. Ele é o detentor do recorde mundial na categoria T54 nas distâncias de 800 e 5.000 metros e do recorde americano em todas as distâncias paralímpicas.
Ele não é definido apenas por sua carreira bem sucedida como atleta, mas também por sua fé. Ele é membro da Stone Creek Church em Illinois, nos Estados Unidos, e falou sobre sua relação com Deus enquanto se preparava para os Jogos Paralímpicos de 2020 em Tóquio.
“Uma coisa que aprendi na vida é não se apegar a um plano — o plano de Deus pode ser muito diferente, tudo pode mudar amanhã. Então ore e confie em Deus. Ele tem um plano, Ele sabe onde tudo vai acabar. Confie que Seu plano é o melhor”, disse Romanchuk à AG News.
Para o paratleta, “esporte é o que você faz, não quem você é”. Ele entende que sua verdadeira identidade está em seu Criador. “Deus dá a você uma plataforma para um propósito — para mim, Deus me deu uma plataforma para glorificar Seu nome e ajudar outros”, explica.
“Se eu chego primeiro ou nem mesmo termino [uma prova], me lembro que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados de acordo com o Seu propósito (Romanos 8:28). Isso me ajuda a fazer o que Ele quer que eu faça, não importa o que aconteça. Isso é ser luz e um bom exemplo”, continua.
Daniel Romanchuk quebrou recordes mundiais na cadeira de rodas. (Foto: Facebook)
Com uma vida marcada pela superação, Romanchuk não se sente “preso” à cadeira de rodas. Ela se tornou uma ferramenta para perseguir seus objetivos e viver a vida.
“Uma cadeira de rodas não me faz ser uma pessoa menos usada por Deus”, afirma Romanchuk. “Completos estranhos vêm e perguntam se podem orar por mim, e estão sempre orando por cura, quando na verdade eu poderia precisar de oração por outra coisa. Eu pessoalmente não sinto que precise ser curado; Deus pode me usar onde eu estiver, seja como for.”
Joey Gibbs, de 24 anos, paratleta e ex-companheiro de quarto de Romanchuk, tem visto de perto o seu bom testemunho. “Seu caráter realmente o diferencia. Ele entende que a corrida é um presente de Deus, uma bênção, mas não uma necessidade”, afirma.
Krige Schabort, de 57 anos, um atleta paralímpico da África do Sul, também tem acompanhado o esforço e a fé de Romanchuk. “É bom ver alguém cruzando a linha de chegada, ganhando e dando honra ao Senhor. A fé dele vem em primeiro lugar, com certeza”, diz Schabort sobre Romanchuk.
“Ele é um verdadeiro crente, um cara humilde que entende que seu Salvador é Aquele que lhe dá a oportunidade de correr e está fazendo o melhor com o que lhe foi dado”, Schabort acrescenta.