Universidade repudia grupo de estudantes cristãos: "Não sabia que a faculdade custaria a minha fé"

O grupo de oração foi desativado depois que a universidade descobriu que só podem ser colocados em posições de liderança aqueles que vivem a fé cristã, o que é considerado violação no sistema universitário que defende a não discriminação.

Fonte: Guiame, com informações de The Christian PostAtualizado: terça-feira, 7 de abril de 2015 às 14:35
Sociedade Cristã de Stanislaus, durante adoração na Universidade do Estado da Califórnia. (becketfund)
Sociedade Cristã de Stanislaus, durante adoração na Universidade do Estado da Califórnia. (becketfund)

 

Um grupo de estudantes cristãos não está mais sendo reconhecido pela Universidade do Estado da Califórnia, no condado de Stanislaus. A instituição considera que a exigência de que os líderes do grupo sejam cristãos é discriminatória.

A organização estudantil Christian Chi Alpha, que leva o nome Sociedade Cristã de Stanislaus, atua no campus há mais de 40 anos. O grupo foi desativado depois que a universidade descobriu que só podem ser colocados em posições de liderança aqueles que vivem a fé cristã, o que é considerado violação no sistema universitário que defende a não discriminação.

"Eu não sabia que fazer parte de uma faculdade custaria a minha fé", disse Bianca Travis, presidente do grupo Chi Alpha Stanislaus.

"Tivemos reuniões após reuniões com eles, que se recusaram a colocar algo por escrito. Em certo ponto, eles nos disseram que estão apenas brincando com a gente e não querem mais levar isso adiante", continuou Travis. "E assim, eu sinto que nós fizemos tudo o que pudemos. Eu realmente quero ser uma comunidade que é parte do campus de novo."

Embora faça sentido que o líder de uma organização cristã seja realmente um cristão, o vice-presidente da universidade Tim Lynch proclamou que nenhum grupo de estudantes pode tecnicamente ser ‘baseado na fé’, nem podem colocar exigências religiosas sobre posições de liderança.

Travis refutou a declaração de Lynch e explicou que não faria sentido fazer um descrente assumir o papel da liderança de um grupo de oração e adoração a Jesus. "Nós conduzimos estudos bíblicos. Lideramos cultos de adoração e oração, e eu não sei como alguém poderia conduzir o grupo se não segue a crença. Por exemplo, como ele poderia conduzir uma oração a um Deus que nem sequer acredita?", questionou.

Embora a Sociedade Cristã de Stanislaus não tenha sido ‘banida’ do campus, seu não reconhecimento irá impedir que o grupo receba benefícios como o financiamento da escola, a reserva de instalações do campus para eventos, a uma caixa de correios do campus e utilização de determinados serviços de contabilidade.

"As organizações estudantis não-reconhecidas são bem-vindas no campus para se envolver na vida do estudante", Lynch explicou. "O que eles não podem fazer é aproveitar os privilégios que as organizações estudantis reconhecidas têm."

 

 

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